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Além da bala: tiroteios afetam saúde de moradores de comunidades

Hipertensão, insônia, tremores e falta de ar são alguns dos sintomas associados à proximidade de operações policiais

Por Diego Alejandro
11 ago 2023, 11h45

A proximidade de operações policiais em andamento perto de áreas residenciais impacta significativamente a saúde dos moradores da comunidade – e não só de ferida de bala. Indivíduos que residem em bairros com maior frequência de tiroteios envolvendo seguranças têm uma probabilidade 42% maior de desenvolver hipertensão em comparação com aqueles em outras comunidades. Esse risco à saúde é particularmente pronunciado entre indivíduos de 30 a 44 anos.

Nas áreas mais afetadas por tiroteios, aproximadamente 30% dos moradores relataram sintomas como insônia, tremores e falta de ar durante esses incidentes. Esse percentual sobe para 43% nos casos de palpitações cardíacas aceleradas. Em contraste, nas comunidades sem tiroteios, esses percentuais são consideravelmente menores.

Além disso, as comunidades que sofrem tiroteios mais frequentes também testemunham uma maior ocorrência de fechamento de unidades de saúde. 

As conclusões são da pesquisa “Saúde na Linha do Tiro”, parte do projeto “Drogas: Quanto custa a proibição”, do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania. A análise teve como objetivo aferir as repercussões da guerra às drogas nos serviços públicos de saúde e no bem-estar dos moradores do Rio de Janeiro afetados por tiroteios envolvendo agentes da segurança pública.

Seis comunidades foram selecionadas para o estudo e categorizadas com base na exposição a tiroteios envolvendo agentes de segurança. Três delas são afetadas com frequência por esses episódios, enquanto as outras três não costumam ser atingidas pelo mesmo tipo de violência.

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Além disso, a pesquisa avaliou as ramificações econômicas da guerra às drogas na saúde dos moradores das três comunidades mais expostas: Nova Holanda (dentro do Complexo da Maré), Vidigal e CHP-2 (dentro do Complexo da Maré em Manguinhos).

O aumento da prevalência de certas condições de saúde nessas comunidades impede que os residentes se envolvam em atividades rotineiras, como trabalho, educação e responsabilidades domésticas e de cuidados com os filhos.

E isso impacta diretamente a renda desses cidadãos, resultando em um prejuízo coletivo de R$ 1.391.209,00 em um ano pela impossibilidade de realizar as atividades, com base em valores de 2022, conforme destacado no estudo.

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