Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

A droga como remédio

O CBD, um dos compostos da maconha, é comprovadamente eficaz no controle das convulsões associadas a surtos epilépticos

Por Adriana Dias Lopes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 jul 2020, 19h51 - Publicado em 5 abr 2019, 07h00

A maconha pode não só ser saudável, mas também salvar vidas. O poder terapêutico está no CBD, um dos 480 compostos da planta que origina a droga, a Cannabis sativa. Ele não é psicoativo nem tóxico como o THC. Não altera o raciocínio, não produz lapsos de memória nem perda cognitiva. Tampouco causa dependência. O CBD é comprovadamente eficaz no controle das convulsões associadas a surtos epilépticos. Ele interfere na metabolização de substâncias que regulam diversos neurotransmissores e age quando há um desequilíbrio na produção natural desses compostos — o que pode ocorrer nos processos de epilepsia. Por muitos anos, os portadores brasileiros de epilepsia recorriam à Justiça ou eram obrigados a importar clandestinamente o produto dos Estados Unidos, onde na maioria dos estados ele é liberado para uso medicinal. Lá, na forma de pasta, spray ou gotas, é vendido em farmácias de manipulação ou diretamente pelos fabricantes.

Em 2015, a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) retirou o CBD de uma lista de substâncias proibidas no país e o pôs num rol de substâncias controladas, reconhecendo de maneira inédita seu efeito terapêutico. Dos cerca de 600 000 brasileiros epilépticos, 30% não respondem aos anticonvulsivantes convencionais. Para eles, o extrato da maconha é uma esperança. Novos estudos conduzidos pela Universidade de São Paulo, no câmpus de Ribeirão Preto, começam a esmiuçar outro uso do CBD: sua aplicação em tratamentos de fobia social. Realizado em parceria com o Instituto de Pesquisas sobre Abuso de Drogas de Baltimore, nos EUA, o trabalho mostrou que o CBD reduz o medo de falar em público, comum entre portadores do problema.

Publicado em VEJA de 10 de abril de 2019, edição nº 2629

Envie sua mensagem para a seção de cartas de VEJA
Qual a sua opinião sobre o tema desta reportagem? Se deseja ter seu comentário publicado na edição semanal de VEJA, escreva para veja@abril.com.br

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.