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A decisão de Selena Gomez alerta: as redes sociais são nocivas?

Recentemente, celebridades como Selena Gomez e Justin Bieber afirmaram que usariam menos as redes sociais como o Instagram. Essa é uma atitude tão drástica?

Por Giulia Vidale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 10 dez 2016, 20h41 - Publicado em 10 dez 2016, 20h41

Em agosto, a cantora Selena Gomez decidiu dar um tempo das redes sociais, especificamente do Instagram. O acontecimento veio no momento em que a jovem interrompeu sua carreira para cuidar da saúde. Selena estava sofrendo de ansiedade e depressão, como efeitos colaterais do lúpus, doença autoimune sem cura onde o sistema imunológico passa a atacar seus próprios tecidos.

Na mesma época, o cantor Justin Bieber, que também é ex-namorado de Selena, abandonou a rede social após uma discussão com a ex. E, durante um show realizado terça-feira ele afirmou que não quer voltar ao Instagram e que a rede social “é coisa do demônio”. 

Ao contrário de Justin, Selena voltou à rede social. Mas afirmou que não quer ver os corpos dos fãs no Instagram. “Eu quero ver o que está aqui dentro (no coração). Eu não estou tentando conseguir validação, e nem preciso mais disso.”, disse durante o American Music Awards (Ama) onde levou o prêmio de Melhor Artista Pop.  Mesmo com o “sumiço” de 14 semanas, a cantora é a pessoa mais seguida do mundo na rede social, com 103 milhões de seguidores no Instagram, além de ser dona da foto mais curtida, com 5,9 milhões de likes.

Selena e Justin fazem parte de uma geração que cresceu com a internet e com as redes sociais. O cantor, inclusive, foi descoberto após ter um vídeo seu cantando divulgado no YouTube. Mas, até que ponto essa super exposição se torna um problema? Quando é realmente necessário tomar a drástica decisão de sair da rede social?

Para a psicoterapeuta Aline Gomes, a nova geração – caso de Justin e Selena – é criadora e cobaia desse novo estilo de vida de super exposição em redes sociais.“Ao tirar fotos legais, em lugares legais, de comidas gostosas, as pessoas ganham muitos likes e ficam felizes. Por outro lado, quando há um acontecimento negativo [como na briga entre Selena e Bieber no Instagram] o alcance e a repercussão disso também é muito maior e isso pode gerar cobranças e uma superexposição desnecessária que traz prejuízos psicológicos para a pessoa”, diz Aline.

Como tudo isso ainda é muito novo, segundo a psicoterapeuta, ainda vai demorar um tempo para que se descubra de fato todos os “efeitos colaterais” das redes sociais. No entanto, para Aline não é preciso ser radical. A não ser em casos extremos, como no de Selena.

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“Ela [Selena] mostrou aos jovens que o uso exagerada do Instagram também tem o lado ruim e que é possível e inclusive pode ser benéfico viver sem isso, mesmo que só por um tempo. Mas, como tudo na vida, o segredo é o equilíbrio.”, afirma.

Atualmente é muito difícil as pessoas se desconectarem. Mesmo em durante as refeições e em encontros com a família ou os amigos não é raro vermos cada um mexendo no seu smartphone e vivendo em seu próprio mundo em vez de interagir pessoalmente ou aproveitar o momento.

“Mesmo quem não tem o costume de publicar muito, fica fuçando e controlando a vida dos outros. Ir a um restaurante e se desligar, conversar com as pessoas que estão ali, aproveitar e saborear a refeição sem a interferência de um celular faz muito bem”, diz Aline.

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