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VEJA Essa: As personalidades que fizeram muito barulho por nada

No balanço geral, falar menos em 2019, com honrosas exceções, teria sido uma excelente ideia

Por Lizia Bydlowski
Atualizado em 27 dez 2019, 10h24 - Publicado em 27 dez 2019, 06h00

O PAPO RETO DE JAIR

“Vou me arrepender porque fiz xixi na cama aos 5 anos? Saiu, pô!”
A metáfora fisiológica explica a total falta de remorso por frases polêmicas do passado

“Se encontrar (…) um cocozinho petrificado de um índio, já era. Não pode fazer mais nada ali.”
O viés escatológico ilustra excessos em “defesa” da natureza. É da mesma semana o conselho à população sobre como preservar o meio ambiente: “Faça cocô dia sim, dia não”

“O interesse na Amazônia não é no índio nem na porra da árvore, é no minério.”
Para garimpeiros no Palácio do Planalto

“Não humilha cara. Kkkkkkk.”
Em resposta à montagem feita por um fã que comparava a primeira-dama do Brasil, Michelle, com a da França, Brigitte Macron

“Sou assim mesmo.”
E ponto-final

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“O que é golden shower?”
No Twitter, em pleno Carnaval, depois de o presidente ter sido criticado ao publicar um vídeo pornográfico com o propósito de “expor a verdade para a população”. As cenas contemplavam a tal prática de nome em inglês


PARA TRÁS É QUE SE ANDA

“Se a esquerda radicalizar (…), vamos precisar dar uma resposta. E essa resposta pode ser via um novo AI-5.”
EDUARDO BOLSONARO, deputado federal (SP) e filho nº 3, saudosista dos anos de chumbo

(Eco Moliterno/./VEJA)

“Depois não se assustem se alguém pedir o AI-5.”
PAULO GUEDES, ministro da Economia e suposta voz da razão do governo, viajando na maionese autoritária

(Marcelo Camargo/Agência Brasil)

“Dentro da minha concepção cristã, a mulher é, sim, no casamento, submissa ao homem.”
DAMARES ALVES, ministra (socorro!) da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos

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“Há 130 anos foi cometida uma infâmia contra um patriota, honesto, iluminado, considerado um dos melhores gestores e governantes da História.”
ABRAHAM WEINTRAUB, ministro da Educação, saindo em defesa de dom Pedro II no aniversário de 130 anos da Proclamação da República

“Das duas, uma. Ou a Terra não se move ou é preciso modificar a física inteira.”
OLAVO DE CARVALHO, personal influencer do clã Bolsonaro, desmentindo Galileu

“Pessoal, precisamos proteger as nossas crianças. Por isso determinamos que os organizadores da Bienal recolhessem livros com conteúdos impróprios para menores.”
MARCELO CRIVELLA, prefeito do Rio de Janeiro, apelando à moral e aos bons costumes para praticar um ato de censura


ELAS POR ELA (E ELES)

“Eu queria que as pessoas aceitassem que estou velha. Vai doer menos para elas, porque para mim não dói mais.”
XUXA MENEGHEL, conformada com a — e sempre cobrada pela — aparência aos 56 anos

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“Obrigada, Nossa Senhora do Photoshop, por essa bunda que nunca foi minha, nem com 18, imagina com 40.”
TAÍS ARAÚJO, atriz, comentando a perfeição de seu posterior retocado em um ensaio fotográfico

“Sorry, feministas. Mas AMO cuidar de quem eu Amo.”
ROSÂNGELA MORO, mulher do ministro da Justiça, mostrando no Instagram a mesa posta à espera dele

(@sabrinasato/Instagram)

“Adoro sexo. Pena que não faço. Quem faz sexo depois de ser mãe?”
SABRINA SATO, apresentadora, em tom maternal

“Cada vez que eu tentava engravidar e não conseguia, outra mulher ficava grávida. Intelectualmente, sabia que não era só para me atormentar. Mas, para dizer a verdade, sentia como se fosse.”
ANNE HATHAWAY, atriz grávida e mãe de um filho, expressando um sentimento comum de quem enfrenta “o inferno da infertilidade”

“Mulherão da porra é a Fernanda, que está lá em casa com barrigão, que enjoou cinco meses.”
RODRIGO HILBERT, apresentador e “homão da porra”, devolvendo o epíteto para a mulher, Fernanda Lima. Maria Manoela nasceu em outubro

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O TEMPOR DA PROTAGONISTA DOS PALCOS

(Bruno Santos/Folhapress)

“Nas muitas décadas da minha vida sempre havia uma esperança em cima do próximo momento (…). Isso acabou. Estamos em um mato sem cachorro.”
FERNANDA MONTENEGRO, atriz com mais de setenta anos de uma carreira magnífica, que, perto do 90º aniversário, foi chamada de “sórdida” pelo secretário de Cultura do governo Bolsonaro, Roberto Alvim


SOU, E DAÍ?

(@reynaldogianecchini/Instagram)

“Tive, sim, romances com homens.”
REYNALDO GIANECCHINI, ator, que cultivou o mistério durante décadas

(@caiapitanga/Instagram)

“Com tantos avanços e conversas e informação, é impossível que alguém não entenda ou não respeite o fato de que todo ser humano é livre para amar quem quiser.”
CAMILA PITANGA, atriz, ao assumir pela primeira vez para o grande público seu relacionamento com uma mulher

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“Quero que saibam que sou gay e que não tenho vergonha disso.”
DIEGO HYPOLITO, ginasta, medalha de prata na Olimpíada de 2016, no Rio

“Vai ter veado na ONU, sim.”
PABLLO VITTAR, cantora e drag queen, atração da festa da delegação britânica nas Nações Unidas para comemorar o aniversário da outra rainha, a Elizabeth


CRIME SEM CASTIGO

(Maria Magdalena Arrellaga/The New York Times/Fotoarena)

“Com o tempo, a morte dá uma sensação de conformismo. Se a onda da indignação acabar, as pessoas se acostumarão com a ausência.”
MONICA BENICIO, companheira da vereadora carioca Marielle Franco, assassinada em março de 2018 por motivo e mandante ignorados até hoje

“O que aconteceu com ela foi terrível, mas sua atuação é uma lenda criada pela mídia. Foi uma vereadora extremista que defendia ideais perturbadores.”
FERNANDO HOLIDAY, vereador de São Paulo, ao rejeitar projeto que dá o nome de Marielle a uma via pública em São Paulo

“Quem mandou matar Marielle Franco?”
SPIKE LEE, cineasta americano, expressando em vídeo a pergunta que não quer calar


COM TODO O RESPEITO

(Benoit Tessier/Reuters)

“Desejo um presidente novo. O atual é totalmente maluco.”
MEGAN RAPINOE, atacante americana, eleita a melhor jogadora da Copa da França, ao listar seus desejos para 2020. Ela é ativista convicta dos direitos iguais para homens e mulheres e da causa LGBT

“Valorizem mais. Não vai ter uma Marta, uma Formiga e uma Cristiane para sempre.”
MARTA, a Pelé da seleção brasileira, pedindo empenho à nova geração no ano em que o esporte ganhou outra dimensão

“Vencer é contagioso.”
PIA SUNDHAGE, técnica sueca da seleção brasileira, celebrando os bons resultados dos primeiros jogos sob sua direção

“Os caras maus continuarão tentando, enquanto nós tornaremos cada vez mais difícil que eles consigam.”
MARK ZUCKERBERG, cofundador e CEO do Facebook, sobre a interferência de russos, iranianos e chineses em eleições ao redor do planeta


POR ÚLTIMO, MAS NÃO EM ÚLTIMO

(Loredano/.)

É um prejuízo atrás do outro. Felizmente, não preciso de dinheiro.”
DONALD TRUMP, presidente bilionário dos Estados Unidos, acusando o impacto do cargo nas suas finanças pessoais

“O maior erro de todos os tempos foi alguma falha da minha parte que fez a Microsoft não ser o que o Android é hoje.”
BILL GATES, dono do Windows, em mea-culpa pela falta de visão que tirou sua empresa do mercado de smartphones

“O brasileiro viajando é um canibal. Rouba coisas dos hotéis, rouba o assento salva-vidas do avião. Ele acha que sai de casa e pode carregar tudo.”
RICARDO VÉLEZ RODRÍGUEZ, ex-ministro da Educação nascido na Colômbia e, talvez por isso, desentendido na alma nacional

“Ia dar um tiro nele e me suicidar.”
RODRIGO JANOT, ex-procurador-geral, antecipando a VEJA o trecho em sua biografia no qual conta que um dia foi armado ao STF para matar o ministro Gilmar Mendes

“Estou muito a fim de esclarecer tudo isso. Mas não contava com esta doença.”
FABRÍCIO QUEIROZ, ex-assessor de Flávio Bolsonaro que deve muitos esclarecimentos à Justiça mas, apesar das ótimas intenções, se tratou e escafedeu-se. Localizado por VEJA, ainda não depôs

“Aha uhu, o Fachin é nosso.”
DELTAN DALLAGNOL, procurador da Lava-Jato, comemorando com seus colegas do MPF — em mensagem vazada, parte do material analisado por VEJA em parceria com o site The Intercept Brasil — o resultado de uma reunião com o ministro do Supremo Tribunal Federal sobre a operação

“Parturiunt montes, nascetur ridiculus mus.”
SERGIO MORO, ministro da Justiça, citando “direto de Horácio” a frase “A montanha pariu um ridículo rato” para desqualificar os vazamentos de mensagens que mostram ingerência sua, quando era juiz, no andamento das investigações da Lava-Jato

Publicado em VEJA de 1º de janeiro de 2020, edição nº 2667

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