Quatro coletes que fizeram história
A peça da moda hippie trazida aos palcos por Jimi Hendrix era feita por um costureiro que hoje mora no Brasil e ainda produz o modelo sob encomenda
Amarelo
Parte do kit obrigatório de emergência para motoristas na França, o colete amarelo (ou gilet jaune) tornou-se o símbolo do movimento de franceses insatisfeitos que tomaram as ruas de Paris em protesto contra o aumento do preço dos combustíveis e que acabou se convertendo em revolta contra o governo de Emmanuel Macron (leia a reportagem).
À prova de bala
Os avanços tecnológicos trazidos pelas duas grandes guerras do século XX não foram suficientes para embalar o surgimento do colete à prova de bala, que só foi criado nos anos 1960, quando a cientista Stephanie Kwolek inventou uma fibra sintética capaz de conter o impacto de um projétil. O material foi imediatamente adotado pelas forças policiais e pelo Exército americano.
Jimi Hendrix
Na década de 60, o ídolo do rock trouxe a peça da moda hippie para os palcos (na foto acima) e influenciou o estilo de toda uma geração de astros, de Janis Joplin a Elvis Presley. O costureiro dos coletes de couro de Hendrix, Bill Morgan, dono da North Beach Leathers, tem 81 anos, vive no Brasil, na cidade de Itamonte (MG), e ainda produz o modelo sob encomenda.
Inglês
A entrada da peça na composição do vestuário formal masculino foi imposta pelo rei da Inglaterra Carlos II, em 1666, na Restauração, período em que a monarquia retomou o domínio da Grã-Bretanha depois da guerra civil. Inspirado nos persas, o monarca decretou que o colete, aliado à calça e ao casaco, fosse o novo “código de vestimenta” da época.
Publicado em VEJA de 12 de dezembro de 2018, edição nº 2612