Paulo Henrique Amorim: marca indelével
Jornalista, que ganhou notoriedade em razão de sua prosódia peculiar e seus comentários, morreu no dia 10 de julho, aos 76 anos, no Rio
Paulo Henrique Amorim ganhou notoriedade como repórter e apresentador de TV, na Globo e depois na Record, em razão de sua prosódia peculiar e seus comentários, incisivos e inteligentes, intercalados de sorrisos largos. Criou uma marca indelével. Mas iniciou a carreira em outros cantos do jornalismo, diante de uma máquina de escrever, com texto refinado. Em 1968, Amorim foi enviado a Nova York como o primeiro correspondente de VEJA na cidade. Na volta dos Estados Unidos, seria editor de economia da revista. Assumiu, depois, o comando de EXAME. Dividia seu tempo, nos últimos anos, entre o programa Domingo Espetacular, da Record, e um blog pessoal, o Conversa Afiada. Morreu no dia 10, aos 76 anos, no Rio, de infarto.
O Príncipe dos Poetas
“Esguio como um poste da Avenida / cheio de fios e de pensamentos / Antônio era triste como as árvores / Despidas pelo inverno.” Assim começa o poema Antônio Triste, que dá título ao primeiro livro do paulistano Paulo Bomfim, que viria a receber a alcunha de “o príncipe dos poetas brasileiros”. Classificado como neomodernista, era membro da Academia Paulista de Letras desde 1963. Morreu em São Paulo, aos 93 anos.
A Presidência efêmera
Fernando de la Rúa foi presidente da Argentina de dezembro de 1999 a dezembro de 2001 — quando deixou a Casa Rosada a bordo de um helicóptero, depois de declarar estado de sítio. Abandonou o poder em meio a uma crise econômica que tirou o emprego de um em cada cinco argentinos. Teve um infarto, aos 81 anos, em Buenos Aires.
Publicado em VEJA de 17 de julho de 2019, edição nº 2643