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O arquiteto da metamorfose

Ao assumir que o mundo moderno é uma obra em constante transformação, Arata Isozaki tratou de aplicar essa ideia como construtor de espaços

Por Da Redação Atualizado em 30 jul 2020, 19h53 - Publicado em 8 mar 2019, 07h00

Arata Isozaki tinha 14 anos quando Hiroshima e Nagasaki foram bombardeadas na II Guerra, em 1945. Ele nasceu e cresceu em Oita, cidade japonesa localizada no meio do caminho entre os dois alvos da bomba atômica. A necessidade de resignação e saber lidar com o impacto das mudanças foram as primeiras lições aprendidas pelo futuro arquiteto. Ao assumir que o mundo moderno é uma obra em constante transformação, tratou de aplicar essa ideia como construtor de espaços: distintas entre si, suas obras são dotadas de notável marca autoral. “A fim de encontrar o modo mais adequado para resolver problemas, não pude me apoiar em um estilo. Paradoxalmente, isso veio a ser meu próprio estilo.” Aos 87 anos, ele ganhou o Prêmio Pritzker 2019, tido como o “Nobel da Arquitetura”, concedido na terça-feira 5.

“Isozaki possui profundo conhecimento da história e da teoria da arquitetura e, ao abraçar a vanguarda, nunca reproduziu o status quo, mas o desafiou”, disse o júri. Em mais de uma centena de edifícios, da Europa ao Oriente Médio, ele reinventou o uso de materiais como os metais e os azulejos. Fez a futurista arena Palau Sant Jordi para a Olimpíada de 1992, em Barcelona, e o extasiante Nara Centennial Hall, no Japão. Mas o maior testemunho de seu olhar visionário talvez seja a “Cidade Suspensa”. No projeto dos anos 1960, nunca realizado, camadas de prédios em diferentes níveis serviriam de antídoto ao caos das metrópoles.


SAÚDE, CORINTHIANS E CINEMA

Logo depois de sua formatura pela Faculdade de Medicina da USP, o infectologista Artur Timerman viu a epidemia de aids alastrar-se pelo mundo e pelo Brasil nos anos 1980 — e tornou-se, rapidamente, uma das grandes referências no tema. Em 2015, deu novo salto, ao fundar a Sociedade Brasileira de Dengue/Arboviroses, ponta de lança de campanhas de controle das doenças virais transmitidas por mosquitos. Sempre muito amável com seus pacientes, ele fazia de suas consultas longas sessões de conversa — invariavelmente passeava por duas de suas maiores paixões, o Corinthians e o cinema. Trabalhou no Hospital das Clínicas, no Albert Einstein e no Edmundo Vasconcelos. Morreu no sábado de Carnaval, 2, aos 64 anos, em decorrência de um linfoma.


LIBERTADO

O executivo brasileiro Carlos Ghosn, ex-presidente do conglomerado automobilístico Renault-Nissan-­Mitsu­bishi, que estava preso desde 19 de novembro, acusado de fraude fiscal e desvio de verbas das montadoras para uso próprio. Ghosn pagou fiança equivalente a 33 milhões de reais e aguardará o julgamento em liberdade. Dia 6, em Tóquio.

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Publicado em VEJA de 13 de março de 2019, edição nº 2625

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