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"As indulgências condenadas por Martinho Lutero voltaram com tudo, e o povo está cada vez mais pobre." Dádivo M. Fragoso, Nova Friburgo, RJ
Assuntos mais comentados
- Evangélicos em Brasília
- MEC
- Artigo de J.R. Guzzo
- Genéricos nos supermercados
- Joana D’Arc Félix de Souza (Primeira Pessoa)
BANCADA EVANGÉLICA
Um assalariado que recebe 3 000 reais por mês, além de pagar imposto sobre tudo o que consome, deve para o imposto de renda. As igrejas evangélicas que faturam milhões com dízimos, promessas de riquezas pessoais, curas etc. não querem pagar nada. As indulgências condenadas por Martinho Lutero voltaram com tudo, e o povo está cada vez mais pobre (“A Deus o que é de César”, 8 de maio).
Dádivo M. Fragoso
Nova Friburgo, RJ
A reportagem de VEJA, ao tempo em que mostra, com a competência habitual, a atuação da chamada “bancada evangélica”, exibe também, e principalmente, a completa distorção do que se deve entender por religião e fé. São conceitos tratados como meros recursos para a ascensão pessoal e profissional na política, ignorando-se deliberadamente o verdadeiro objetivo de cada ser humano ao se dedicar a determinada crença religiosa. Na religião busca-se a melhora interior, procura-se o “eu”, luta-se por uma realidade transcendental que eleve um cidadão acima das conveniências terrenas. Políticos e “executivos” do ramo fazem justamente o contrário.
Sérgio de Jesus Rossi
Brasília, DF
A transformação do plenário 6 da Câmara dos Deputados em igreja, privilegiando tendências evangélicas, é um acinte à Constituição Federal, que, no art. 19, estabelece o princípio da laicidade do governo republicano brasileiro, sendo vedada a concessão de privilégios a qualquer religião.
Elizio Nilo Caliman
Brasília, DF
Não sou evangélico, mas creio que o apoio explícito dos evangélicos a Jair Bolsonaro certamente trará resultados positivos, ao contrário do apoio implícito da Igreja Católica ao lulopetismo, que mergulhou o país numa crise moral, ética e econômica sem precedentes.
Domingos Sávio Pereira
São Paulo, SP
É no mínimo estranha essa ingerência de representantes religiosos em assuntos tão terrenos como os que envolvem políticos e suas práticas nem sempre muito espirituais. Cabe aqui a frase bíblica: “Dai ao homem o que é do homem e a Deus o que é de Deus”.
Vera Augusta Vailati Bertolucci
São Paulo, SP
A direita, somada ao fanatismo pentecostal, conduz o Brasil a uma nova cruzada medieval. Que Deus nos ajude a manter o Estado laico.
Paulo Sérgio Arisi
Porto Alegre, RS
Mais do que estabelecer um grupo de legisladores para defender interesses que seriam de foro exclusivamente pessoal, a chamada bancada evangélica quer — e está conseguindo — impor uma pauta de costumes que faz retroceder todo o avanço social conseguido a duras penas ao longo de décadas da história brasileira recente. A separação entre fé e Estado foi benéfica a todas as sociedades em que vigora, e possibilitou o crescimento e o fortalecimento de ambos. Ao se trazerem fundamentos religiosos para políticas educacionais, científicas, de saúde e até de segurança pública, perdemos todos, crentes e ateus, fanáticos e esclarecidos.
Adilson Roberto Gonçalves
Campinas, SP
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Por mais que se queira combater a atitude do ministro da Educação, Abraham Weintraub, não há como negar a postura esquerdista dos reitores das universidades públicas. Fernando Haddad palestrou na UnB. Manuela D’Ávila esteve na Unicamp. O que mais é preciso para constatar o viés ideológico das universidades (“A balbúrdia mora no MEC”, 8 de maio)?
José G. Camargo
Campinas, SP
É fácil imaginar que nas universidades públicas exista sangramento de dinheiro público para o ralo e que algumas foram totalmente aparelhadas pela ideologia de esquerda. Mas inventar balbúrdias, mau desempenho com o propósito de cortar verbas por exclusiva ideologia contrária é a mesma idiotice, com sinal trocado.
Abel Pires Rodrigues
Rio de Janeiro, RJ
“O samba ficou órfão de sua madrinha. Beth Carvalho deixa legado musical, social e político. Beth vai deixar saudade como grande mulher e inesquecível cantora.”
José Ribamar Pinheiro Filho, Brasília, DF
J.R. GUZZO
Em seu artigo “Na linha de frente” (8 de maio), Guzzo mostrou o ministro Paulo Guedes como o menino inocente do conto do dinamarquês Hans Christian Andersen, para quem o “fato novo do Imperador” nada mais era do que sua própria nudez. É preciso deixar claro aos economistas que a lei da oferta e da procura é natural e imutável e atua à revelia das mais fascinantes ideologias. Simples assim.
Flaudecy de Oliveira Manhães
Campos dos Goytacazes, RJ
SUPERMERCADOS
A matéria “Genéricos à mesa” (8 de maio) trouxe à minha memória tudo o que fizemos no Brasil para elevar a qualidade das marcas próprias no varejo. Tenho muito orgulho de ter lançado um conceito de marca exclusiva que acabou forçando a indústria a olhar para um mercado praticamente inexistente na época: o de alimentos de apelo saudável, orgânicos e com baixo teor de açúcar e gordura. No início dos anos 2000, era quase impossível encontrar nos supermercados uma maionese light, uma geleia sem açúcar ou um achocolatado de baixa caloria. Hoje, todas as grandes marcas de alimentos oferecem versões mais saudáveis de seus produtos originais.
Lucilia Diniz
Empresária e escritora
São Paulo, SP
JOANA D’ARC FÉLIX DE SOUZA
Fascinante a história de vida da química Joana D’Arc Félix de Souza (“Os negrinhos fedidos”, Primeira Pessoa, 1º de maio). Com coragem e altivez, ela superou toda sorte de dificuldade, inclusive a insensatez e a violência do racismo na Carolina do Sul, nos Estados Unidos. É merecedora de admiração. Um exemplo de vida que só poderia terminar assim: virando filme.
Alberto de Souza Bezerril
Natal, RN
Publicado em VEJA de 15 de maio de 2019, edição nº 2634