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José Maria Eymael: Presidente sem limites

O político gaúcho de 78 anos será candidato em 2018 — pela quinta vez. E promete: seu indefectível jingle “voltará com tudo e vai parar as ruas do Brasil”

Por Eduardo F. Filho 15 dez 2017, 09h22

O senhor teve 0,06% de votos nas últimas eleições presidenciais. O que o faz acreditar que pode vencer o pleito desta vez? Esta eleição é diferente de tudo o que já vivi. Nunca tivemos uma corrupção tão descarada como a dos últimos anos. Hoje, o eleitor vai buscar vidas limpas.

O que seriam vidas limpas? O povo não quer apenas fichas limpas. Vida limpa se constrói, não surge de repente. Tenho 10 000 pessoas curtindo minha fanpage. Caminhe comigo na Rua 25 de Março, em São Paulo: levo três horas para atravessá-la, por causa das selfies. Sou do povo. Não preciso de barreiras nem de seguranças.

Seu nome foi citado nas delações da Odebrecht como destinatário de 50 000 reais de caixa dois. O que tem a dizer? Abriram um processo na Justiça de São Paulo. Conversei com o ministro Edson Fachin e disse que, assim como ele, também sou um homem honrado. Quero marcar agora uma reunião com a procuradora Raquel Dodge e falar o mesmo. Eu não recebi nada. Essa delação é uma piada. O delator não sabia o nome do meu filho. Quero que ele seja reinquirido. Virei manchete porque eu sou um democrata-cristão.

Seu conhecido jingle — “Ey, Ey, Eymael / Um democrata-cristão” — volta em 2018? Tentamos economizar no jingle em 2006, 2010 e 2014, para dar espaço a mais conteúdo. Acredita que as pessoas acharam ruim? Em 2018, o jingle voltará com tudo e vai parar as ruas do Brasil. Ele já foi tocado em ritmo de axé, lambada, sertanejo universitário. O autor da música, José Raimundo de Castro, criou essa canção em 1985. Disse que ensinaria o povo a dizer “Eymael”. Vamos tentar inseri-la no Livro dos Recordes como um dos maiores jingles do mundo.

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Quais serão suas propostas? Criar o Estado Necessário, ou seja, direcionar o Estado para suas atividades principais: educação, saúde, segurança. Em outras palavras, vou privatizar tudo aquilo que não for necessário ao Estado. É preciso ter planos de carreira para os funcionários públicos. Os cargos precisam ser ocupados por pessoas que entendam do assunto. Vou transformar o Brasil em uma potência. Serei um presidente sem limites.

Sem limites? Sim. Eu acredito que estarei no segundo turno. E pode anotar: quem vier, eu traço.

Publicado em VEJA de 20 de dezembro de 2017, edição nº 2561

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