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Genocídio na rede

Após a ONU denunciar a matança em Mianmar, o Facebook retira do ar contas que eram usadas pelos militares para espalhar ódio e justificar a violência

Por Duda Teixeira Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 31 ago 2018, 07h00 - Publicado em 31 ago 2018, 07h00

De uma empresa que se eximia das responsabilidades afirmando que era apenas uma plataforma em que as pessoas se expressavam livremente, o Facebook evoluiu e passou a tomar medidas para evitar o mau emprego da ferramenta para manipular eleições no mundo inteiro. A todo momento, contas são fechadas porque eram utilizadas para divulgar mensagens de um candidato ou partido de maneira subliminar. O desafio encontrado em Mianmar é de outra envergadura. Um relatório feito por uma comissão independente a pedido da ONU afirmou que o Facebook foi usado de maneira indevida para incitar o ódio no país. No genocídio da minoria rohingya, perpetrado pela junta militar com ajuda de grupos budistas, 25 000 foram mortos e 700 000 fugiram para Bangladesh.

Na segunda 27, o mesmo dia em que a ONU divulgou suas conclusões, o Facebook anunciou que removeu dezoito contas e 52 páginas da rede social, além de uma conta do Instagram. Em uma nação que mal saiu de uma ditadura e onde o Facebook é a principal fonte de notícias, as páginas eliminadas eram seguidas por 12 milhões de pessoas. Não por acaso, o sentimento contra os rohingyas cresceu depois que a rede social começou a oferecer seus serviços no país em parceria com uma operadora estatal.

Entre as contas eliminadas estava a do comandante das Forças Armadas, Min Aung Hlaing. Por meio delas, alardeava-se um ataque iminente de muçulmanos, a religião dos rohingyas, e todos os integrantes dessa minoria eram tratados como terroristas. “Fomos muito lentos para agir, mas agora estamos progredindo”, diz o comunicado do Facebook. Uma das medidas será contratar pessoas que entendam a língua birmanesa, para evitar novos incidentes.

Publicado em VEJA de 5 de setembro de 2018, edição nº 2598

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