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Ellora Haonne: Dicas de irmã mais velha

Com 1 milhão de seguidores em seu canal, a youtuber lança 'Por Todas Nós', um livro com os conselhos que ela gostaria de ter ouvido quando estava crescendo

Por Eduardo F. Filho
Atualizado em 17 ago 2018, 07h00 - Publicado em 17 ago 2018, 07h00

Que conselhos são esses que seu livro quer dar? É meio clichê dizer isso, mas são todos os conselhos que eu queria ter recebido quando era mais nova. Queria ter tido uma irmã mais velha, sabe, que pudesse me ter dito coisas do tipo “não fica com esse cara, porque ele é embuste”, ou “se ame, ame seu corpo”. O livro é como uma irmã mais velha para as garotas.

E como foi crescer sem a irmã mais velha? Sou a caçula de dois meninos. Então deveria ser tipo a menina cor-­de-rosa da família, mas não sou nada cor-de-rosa. Fui muito moleca. Gostava de andar de skate, jogar videogame, “coisas de menino”. Sempre que saía com meus irmãos, eu era a única menina. E sempre que eles tentavam me ajudar, ou me ensinar alguma coisa, era de um jeito cuidadoso, com medo de que eu pudesse me machucar ou cair. Não era por mal, mas eles me tiravam de um espaço do qual eu queria participar.

Você mora sozinha desde os 17 anos. Seus pais acompanham sua atividade no YouTube? Minha mãe sempre acompanhou de perto. Meu pai viu tudo um pouco mais de fora. Quando comecei a criar conteúdo para a internet — antes do YouTube, tive um blog com amigas minhas —, meus pais se separaram, e ele não morava mais comigo. Mas ele sempre achava chique o que eu fazia. No começo foi um pouco complicado para o meu pai, porque eu falava sobre questões de gênero e sexo. “Você tem certeza de que quer se expor dessa forma?”, ele dizia. “Imagina, minha filha falando sobre masturbação na internet?” Hoje em dia está tudo bem. Nossa relação é ótima.

Você trancou a faculdade e se dedica só ao YouTube. Decisão difícil? No momento, quero curtir meu canal, continuar trabalhando, abrir um negócio, uma empresa. Não penso em estudar tão cedo, mas estou aberta a possibilidades. Comecei o curso de arquitetura. Era o que eu queria: um curso súper de humanas. Mas depois você descobre que tem elétrica, hidráulica, cálculo de estrutura. Conseguia lidar com essas matérias, mas não tinha prazer nenhum naquilo. Larguei. Achei que meu pai ia surtar, mas ele foi supersensível. Ele mesmo teve o pressentimento e me perguntou: “Você vai querer continuar estudando?”. Não me arrependo da decisão.

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Ellora Haonne é nome artístico? Não. Minha mãe é súper de humanas e adora numerologia. Os nomes de todos os três filhos dão oito na numerologia. Maluquice, né?

Publicado em VEJA de 22 de agosto de 2018, edição nº 2596

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