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Datas: Isabel do Vôlei, Luiz Antônio Fleury Filho e Mehran Karimi Nasseri

A ex-jogadora à frente do seu tempo, o ex-governador de SP e o homem que inspirou o filme 'O Terminal'

Por Da Redação Atualizado em 18 nov 2022, 09h57 - Publicado em 18 nov 2022, 06h00
QUALIDADES - Isabel do Vôlei: craque no esporte e no comportamento -
QUALIDADES – Isabel do Vôlei: craque no esporte e no comportamento – (Pedro Martinelli/.)

Antes de o vôlei feminino conquistar duas medalhas olímpicas de ouro, antes de o masculino subir três vezes ao ponto mais alto do pódio, antes mesmo da explosão das duplas de praia, houve Isabel Salgado, a Isabel do Vôlei. Garota de Ipanema, cedo começou a jogar pelo Flamengo. O caminho para a seleção foi rápido e vencedor. Aos 19 anos, saiu do Brasil e foi para um time no exterior, na primeira das portas abertas por ela. Teve quatro gestações ao longo da carreira, e ser mãe nunca a atrapalhou. “Foi uma mulher à frente de seu tempo”, diz o treinador José Roberto Guimarães. Suas cortadas de direita eram imparáveis. Suas opiniões em torno de comportamento e política, ruidosas. Em 1982, foi capa de VEJA como “A musa do esporte”. Começaria a trabalhar na equipe de transição do presidente eleito Lula. Isabel morreu em 16 de novembro, aos 62 anos, em decorrência de uma síndrome aguda respiratória fulminante.

Governador controverso

ALTOS E BAIXOS - Fleury: limpeza do Tietê e Massacre do Carandiru -
ALTOS E BAIXOS - Fleury: limpeza do Tietê e Massacre do Carandiru – (Antonio Ribeiro/.)

Governador de São Paulo entre 1991 e 1994, ao vencer nas eleições Paulo Maluf, o emedebista Luiz Antônio Fleury Filho teve dois grandes destaques em sua gestão, um positivo e o outro imensamente negativo. Foi dele a ideia da criação do Projeto Tietê, de despoluição do rio paulista que, entre altos e baixos, mudou a cara da artéria hídrica em alguns trechos, agora limpos. A mancha indelével: o Massacre do Carandiru, em outubro de 1992, que resultou em infames 111 mortos. Fleury Filho não foi condenado pelo episódio. No júri popular de 2013 ele disse não ter dado a ordem de invasão do presídio, mas frisou, com sinceridade: “A entrada foi necessária e legítima, a polícia não pode se omitir”. Ele morreu em 15 de novembro, aos 73 anos, de causas não reveladas.

O sem-teto do aeroporto

A VIDA COMO ELA É - Karimi Nasseri: inspiração para O Terminal, de Spielberg -
A VIDA COMO ELA É – Karimi Nasseri: inspiração para O Terminal, de Spielberg – (Christophe Calais/Corbis/Getty Images)

Ele morava entre uma pizzaria e uma loja de produtos eletrônicos. Sua casa era um banco de plástico vermelho. Numa mesinha havia um espelho de mão e um barbeador elétrico, que usava todas as manhãs. Uma coleção de recortes de jornais tratava de sua vida insólita. O refugiado iraniano Mehran Karimi Nasseri viveu dezoito anos no terminal 2F do Aeroporto Internacional Charles de Gaulle, em Paris. Nasseri foi a inspiração para o filme O Terminal, de 2004, dirigido por Steven Spielberg e com Tom Hanks na pele do protagonista.

O iraniano estava a caminho da Inglaterra via Bélgica e França em 1988 quando perdeu seus documentos e não pôde embarcar em um voo nem sair do aeroporto. Em 1999 ele obteve autorização para viver em Paris, mas abriu mão do direito. Acostumara-se com o cotidiano de sem-teto. Nasseri morreu em 12 de novembro, ali onde passou quase duas décadas. Tinha supostos 77 anos.

Publicado em VEJA de 23 de novembro de 2022, edição nº 2816

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