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Datas: Glynn Lunney e Allan McDonald

Heróis do espaço

Por Da Redação 26 mar 2021, 06h00

A aventura humana no espaço é feita de êxitos e tragédias, costuradas por heróis, muitas vezes anônimos. “Houston, temos um problema”, a frase do piloto do módulo de comando da Apollo 13, John Swigert, em 14 de abril de 1970, está eternizada. Pouco se sabe, contudo, de quem ouviu o pedido de socorro nas instalações da Nasa — e tomou a decisão certa, de abortar a missão a caminho da Lua. Foi o engenheiro Glynn Lunney, um dos quatro diretores da operação. Anos depois, ouvido para um documentário, ele diria: “Tínhamos realmente um imenso problema em mãos. Era uma ameaça à vida. Não se tratava de tentar pousar em um ponto seguro da Lua, era uma questão de sobrevivência”. Com urgência, os três astronautas foram transferidos para uma nave secundária, onde cabiam apenas dois. E então se corrigiu o curso, de volta para a Terra, numa travessia dramática levada ao cinema em Apollo 13: do Desastre ao Triunfo, em 1995.

Não raro, na corrida espacial, deu-se o caminho inverso — do triunfo ao desastre, apesar de gritos solitários e corajosos. Um outro engenheiro, Allan McDonald, funcionário de uma empresa que trabalhava para a Nasa, fez um aviso urgente na noite anterior ao lançamento do ônibus espacial Challenger, em 28 de janeiro de 1986: as temperaturas muito baixas de um inverno rigoroso tinham fragilizado os anéis de borracha usados para vedação. McDonald pediu a suspensão da contagem regressiva, mas não foi atendido. O lançamento ocorreu e, 73 segundos depois do “zero”, o ônibus explodiu, matando os sete astronautas a bordo, inclusive a professora Christa McAuliffe, a primeira cidadã comum a fazer um voo espacial tripulado.

Glynn Lunney, um dos valentes defensores da vida a bordo da Apollo 13, morreu aos 84 anos, em 19 de março, no Texas, depois de anos lidando com a leucemia. Allan McDonald, a voz de sensatez da Challenger, morreu aos 83 anos, em Utah, no dia 9 de março, em decorrência de um acidente doméstico.

A expectativa acesa

FOGO - A tocha sai de Fukushima: incertezas a caminho de Tóquio -
FOGO - A tocha sai de Fukushima: incertezas a caminho de Tóquio – (Kim Kyung-Hoon/EPA/EFE)

Os Jogos Olímpicos de Tóquio, cancelados em 2020 e anunciados para 2021, viveram na noite de quarta-feira 24 (manhã de quinta-feira 25, no Japão) um momento que mistura esperança e apreensão: o início da viagem de revezamento da tocha olímpica, em Fukushima. A esperança: o evento, como sempre desde 1896, à exceção dos períodos das guerras, marca o começo da competição. A apreensão: a triste permanência dos casos e mortes em decorrência da Covid-19, com a eclosão de novas variantes do vírus, apesar dos avanços globais na vacinação. A abertura da Olimpíada está marcada para 23 de julho, sem a presença de torcedores do exterior. O martelo definitivo — haverá ou não? — será batido em abril. Há pressão de patrocinadores e diplomatas. Contudo, mais de 80% da população japonesa não vê sentido na realização do torneio.

Publicado em VEJA de 31 de março de 2021, edição nº 2731

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