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Corrida contra o tempo

O lançamento do iPhone XS e do Apple Watch 4 causou pouco alvoroço. Não é porque não tenham apelo. O mercado é que está cada vez mais concorrido e exigente

Por André Lopes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 jul 2020, 20h10 - Publicado em 14 set 2018, 07h00

Em 2007, quando um carismático Steve Jobs subiu ao palco para exibir um aparelho de pouco mais de 100 gramas que dava acesso às mais populares tecnologias deste século — um tal iPhone —, as ações da Apple subiram 5%. E a maçã virou símbolo de inovação, praticamente inventando uma indústria, a de aplicativos. No mesmo script de fazer de todo lançamento um show, o atual CEO da empresa, Tim Cook, apresentou na quarta-feira 12 mais um arsenal de novidades: o Apple Watch 4 e a série iPhone X. Os ânimos, porém, foram diferentes daqueles do ano em que o celular de Jobs debutou. Desta vez, as ações da Apple caíram 1,25%, uma perda de valor de mercado para a empresa em torno de 7,5 bilhões de dólares. Não que os novos produtos mostrados por Cook não tenham apelo e charme para os aficionados. A questão é que causar impacto no cada vez mais concorrido mundo da inovação ficou muito mais difícil.

Em sua décima edição, o iPhone ganhou rapidez (executa 5 trilhões de cálculos por segundo), é 50% mais econômico na bateria e vem com uma área reservada à inteligência artificial, de modo que o aparelho “entenda” o dono e tome certas providências por conta própria — informar se um voo que consta na agenda está atrasado, por exemplo. Também com mais mimos, a quarta versão do Apple Watch é uma tentativa da empresa de firmar-­se no mercado de relógios inteligentes. A estreia, em 2015, foi um fiasco. Esse é um nicho que interessa sobretudo por manter fiel e crescente o público do iPhone, já que o relógio precisa se conectar ao celular para oferecer o que tem de melhor. O Apple Watch veio com dois acréscimos: um aplicativo que faz o exame de eletrocardiograma (validado inclusive pelo FDA, a agência de saúde americana) e sensores que detectam se a pessoa sofreu uma queda e emitem um aviso a um contato de emergência.

No mês passado, a Apple cravou uma marca até então inédita no mercado mundial ao atingir o valor de 1 trilhão de dólares, feito pouco depois alcançado também pela Amazon. O grande desafio atual é não ficar para trás na corrida pela inovação, terreno em que especialmente os chineses vêm avançando a passos largos. É deles o pioneirismo em telas sem bordas, leitura de impressões digitais e reconhecimento facial — que a Apple copiou.

O mercado asiático preocupa ainda por outro aspecto: nos dois países de maior população do planeta, China e Índia, os smartphones com a maçã representam, respectivamente, 10% e 2% das vendas. Isso faz da Apple a terceira no ranking de celulares, atrás da chinesa Huawei e da coreana Samsung, a campeã. Mas a Apple cobra mais caro, daí seu trilhão de dólares. Aliás, prepare-se: o modelo X mais básico custará aproximadamente 7 000 reais no Brasil.

Publicado em VEJA de 19 de setembro de 2018, edição nº 2600

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