A lista: As cinco acusações da Europa contra o Google
Para o bloco europeu, gigante da internet burla a livre concorrência. Entenda por quê
Favorecer o próprio serviço de comparação de preços
O gigante da internet foi multado em 2,4 bilhões de euros pela União Europeia por dar mais destaque aos produtos mostrados por sua ferramenta de comparação de preços, o Google Shopping, do que àqueles vendidos por sites que não pagam os serviços do buscador
Reduzir o espaço de competidores
Os produtos vendidos em lojas que não são parceiras do Google ficam em segundo plano e, em geral, são mostrados a partir da segunda página de resultados. De acordo com a União Europeia, somente 1% das pessoas clica na segunda página. Na Alemanha, houve queda de 92% nos acessos dos concorrentes do Google Shopping desde que ele foi criado, em 2008. No Reino Unido, houve diminuição de 85%
Forçar a venda de celulares com seus aplicativos
A União Europeia move outra ação contra a companhia para apurar se ela força fabricantes que usam o sistema Android a vender aparelhos com os aplicativos Google já instalados.
Obrigar fabricantes a usar sua versão do Android
Os fabricantes que querem os pacotes do Google precisam assinar um contrato por meio do qual garantem que a única versão do Android que usarão nos aparelhos é a desenvolvida pelo Google. O Android é um software livre, que pode ser modificado por qualquer programador. O Google tem uma versão própria
Proibir sites de usar outra ferramenta de publicidade
Por meio da imposição de cláusulas de exclusividade em contratos com sites, a empresa impede a veiculação de anúncios que não sejam comercializados pelo Google Ads, diz a União Europeia. Por isso, foi instaurada uma investigação também sobre a subsidiária de anúncios do Google, a AdSense
Publicado em VEJA de 5 de julho de 2017, edição nº 2537