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A culpa é do outro

Em um trágico incêndio, o Brasil perde o imenso e valioso acervo do Museu Nacional do Rio por pura negligência

Por Fernando Molica, Fabio Codeço, Luisa Bustamante e Maria Clara Vieira
Atualizado em 30 jul 2020, 20h10 - Publicado em 7 set 2018, 07h00

No palacete de três andares em estilo neoclássico sobraram as paredes ocas e as imponentes portas de ferro da entrada. Quase todo o resto foi consumido pelas labaredas do incêndio que assolou o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, durante sete horas, a partir do começo da noite de domingo 2. E que resto: mais de 20 milhões de peças de um dos maiores acervos de história natural e antropologia das Américas. Como pôde acontecer um desastre desses? Quem falhou? Respostas vieram, aos borbotões, enquanto o fogo engolia o prédio de mais de 200 anos na Quinta da Boa Vista, Zona Norte da cidade, antiga sede do Brasil imperial, residência de dom Pedro II e, até a última semana, um pulsante centro de produção de conhecimento. Ministros puseram a culpa na administradora, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A reitoria e a diretoria do próprio museu devolveram a bola aos ministérios, que cortam recursos. “Governos anteriores” foram muito mencionados. No jogo de empurra, sobrou até para os bombeiros. A semana foi passando e ninguém pediu desculpas, ninguém se demitiu, ninguém foi demitido. E provavelmente nem será: o Brasil é o país das tragédias sem culpados e sem punição, uma realidade que torna ainda mais pungente a visão dos escombros destelhados.

Não há nada de anormal, infelizmente, nesse empurra-­empurra das autoridades, nessa ausência de culpados e em instalações maltratadas que produzem tragédias. Erra-se, erra-se, e não se aprende. Levanta-se, sim, um clamor quando o drama ceifa vidas humanas e toca de perto o sentimento das pessoas. O rompimento de uma barragem de dejetos minerais em Mariana, Minas Gerais, em 2015, o maior desastre ambiental da história do país, permanece na memória brasileira pelo rastro de mortes e um vilarejo inteiro enlameado e vazio — e nenhum condenado. Também continua a causar horror o cenário carbonizado de 2013 da boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, uma caverna de poucas saídas, pronta para entrar em chamas, que tirou a vida de quase 250 jovens que buscavam apenas diversão. Mas alguém pagou por isso? Tirando três bombeiros de Santa Maria julgados pela Justiça Militar e condenados a penas leves, ninguém, absolutamente ninguém, foi punido até agora. Quanta diferença da vizinha Argentina, onde em seguida ao incêndio da boate portenha Cromañón, em 2004, foram presos o gerente, a banda que se apresentava, um policial, membros do governo e o dono do clube. Até o prefeito sofreu impeachment.

Quando museus queimam — e muitos queimam —, porém, à impunidade juntam-se o descaso oficial e, sim, uma certa apatia da população, desacostumada a olhar com apreço para sua cultura e sua história. “No Brasil não existe uma ética do respeito pelo patrimônio, o que é falha da sociedade como um todo”, diz o filósofo Roberto Romano. A lista dos esquecidos é longa. Em 1978, uma falha até hoje não esclarecida (suspeita-se de um curto-circuito em uma fiação sem manutenção) pôs fogo no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e obras-primas de gênios como Picasso, Matisse e Miró se perderam para sempre. No exterior, o Brasil ficou tão malvisto que passou décadas sem receber exposições relevantes. Aqui, ninguém foi responsabilizado, o museu reabriu e ficou por isso mesmo. O moderno Museu da Língua Portuguesa e o Memorial da América Latina, em São Paulo, também pegaram fogo nos últimos anos. Deve ter sido por causa de algum fio que se soltou ou uma luminária com defeito. Deve. Ao certo, não se sabe. Nenhuma pessoa assumiu a culpa e pediu, contrita, demissão de seu cargo. As labaredas caíram no esquecimento.

IMPUNIDADE 2 – A paisagem enlameada em Mariana, depois do desastre ecológico: ninguém foi condenado (Jonne Roriz/VEJA)

Na noite em que o Museu Nacional queimou, um dos primeiros a se manifestar foi o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, apontando o dedo para governos que “quebraram o Brasil” e para a UFRJ. “Se você gerencia algo, você é responsável por isso”, disparou. O diretor do museu, Alexander Kellner, saiu em defesa de seu empregador: exigir que a universidade resolva todos os problemas “é covardia”, disse. O reitor Roberto Leher, além de lançar a culpa sobre a verba curta, disparou contra a falta de “logística e capacidade de infraestrutura” dos bombeiros, que ficaram paralisados durante quarenta minutos porque, segundo disseram, existiam hidrantes inoperantes. O coronel Roberto Robadey, comandante da corporação, provocou: “A UFRJ tem sido um cliente preferencial nosso” — referência aos sete incêndios no câmpus desde 2011. Afinal, faltou água? A Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) não deixou a bola quicar: afirmou que havia água em seis hidrantes próximos “com pressão adequada”. O presidente Michel Temer limitou-se a lamentar a tragédia. O prefeito-fantasma do Rio, Marcelo Crivella, apareceu na Quinta da Boa Vista no dia seguinte e virou piada ao prometer reconstruir o museu e “recompor cada detalhe eternizado em pinturas e fotos ainda que não seja o original”.

O Museu Nacional não tinha certificação do Corpo de Bombeiros, apresentava paredes com pintura descascada e penava fazia tempo — mais de um século, na verdade — com a falta de dinheiro. Um trecho do relatório “Fatos do Museu Nacional do Rio de Janeiro”, de 1905, informa um corte de verbas de 31 de outubro de 1843: “As despezas deste estabelecimento para os anos de 1843 e 1844 tinham sido reduzidas pela lei de orçamento a cinco contos de réis, devendo, portanto, com urgência fazer-se as reducções necessárias”. Em 1901, um jornalista do Correio da Manhã visitou o museu e registrou que ele “lutava com bravura contra a escassez de recursos”. É uma crônica incessante.

Em 1995, metade das salas foi interditada por causa de infiltrações e uma infestação de cupins. Em 2004, quando comandava a Secretaria Estadual de Energia, o engenheiro e hoje secretário de Educação Wagner Victer alertou: “O museu vai pegar fogo. São fiações expostas, malconservadas, alas com infiltrações, uma situação de total irresponsabilidade com o patrimônio histórico”. A VEJA, Victer lembrou que, na época, foi criticado pelo governo federal. “Não era um tema afeito à minha pasta”, disseram-lhe.

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DESTRUIÇÃO: O MAM carioca em chamas, em 1978: a causa provável da perda de obras-primas foi um curto-circuito (Antônio Nery/Agência O Globo)

Segundo o Ministério da Educação, em 2013 o museu recebeu 959 000 reais, o que representava 0,2% do total da verba não comprometida da UFRJ. Em 2017, nem metade disso: foram 364 000 reais. Para este ano, o repasse previsto era quase igual, mas até agosto apenas 98 000 reais haviam sido entregues e foram gastos principalmente em pesquisas e manutenção de equipamentos, de acordo com levantamento da ONG Contas Abertas. Com a segurança do prédio, nada. Em resposta a um inquérito do Ministério Público Federal que investiga medidas de prevenção em museus do Rio (sem grandes resultados, como se viu), a direção do Museu Nacional relatou em 2016 que possuía sistema de detecção e “farta distribuição” de extintores, mas destacou que isso era “claramente insuficiente” para uma segurança efetiva. Negociou, inclusive, com o BNDES uma verba para atender a essa questão. O contrato de 21,7 milhões de reais foi assinado em junho e a primeira parcela seria liberada no mês que vem. Não deu tempo.

Por volta das 19 horas do domingo, duas horas depois de fechado o museu, os quatro vigias de plantão viram um clarão entre o térreo e o 1º andar do prédio e acionaram o Corpo de Bombeiros. O fogo se alastrou rapidamente. Alunos e pesquisadores acorreram ao local e arrombaram portas na tentativa de salvar parte do acervo, como relata o biólogo Paulo Buckup (leia na pág. 68). Muita gente perdeu o trabalho de uma vida. “Vi meu laboratório explodir”, conta João Wagner Castro, professor de geologia marinha. Na manhã seguinte, focos de incêndio ainda ardiam diante de uma multidão que se aglomerava na frente do velho palácio. Do lado de fora dava para ver, intacto no meio das cinzas, o meteorito Bendegó, que já passou por coisas piores. Houve uma manifestação no centro do Rio em protesto contra a inépcia que levou à tragédia e permeia toda a ciência brasileira (veja o quadro na pág. 66).

Para uma grande parcela da população, o bicentenário Museu Nacional entrou no mapa naquele triste domingo. “O brasileiro cresce querendo visitar o Louvre, mas não tem ideia de como é rica a própria história”, lamenta o historiador Paulo Rezzutti (leia o artigo de Roberto Pompeu de Toledo, na pág. 106). No Louvre, em Paris, da mesma forma que no British Museum, em Londres, e em todo e qualquer museu de respeito do mundo, segurança é coisa seriíssima. No museu londrino os curadores assinam um termo de obrigação de garantir a segurança, a diretoria revê periodicamente as medidas de prevenção de riscos e todos os funcionários são treinados para agir na emergência. O Louvre tem uma brigada de 67 bombeiros selecionados a dedo, 6 000 detectores de fumaça e 350 mangueiras conectadas diretamente à tubulação sob as galerias.

Reduzido a suas paredes, o que era o Museu Nacional — onde, aliás, nenhum ministro pisou na festa dos 200 anos — tornou-se um ímã de promessas. Enquanto a PF investiga as causas do incêndio, o Ministério da Educação anunciou que vai liberar 15 milhões de reais. O BNDES disponibilizou uma linha de crédito de 25 milhões para museus. O MPF decidiu retomar o inquérito de 2016, que andava esquecido. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) concluiu um atrasadíssimo conjunto de normas para conciliar medidas de segurança com a exigência de não descaracterizar bens tombados. Difícil é vislumbrar futuro melhor em um país de passado tão desalentador. Mais provável é que a vida siga em frente até a próxima tragédia. Que será culpa de todos e de ninguém, em eterno ciclo de destruição.

Com reportagem de Carolina Zappa e Jana Sampaio

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História que se apaga

As chamas que engolfaram os três pavimentos do maior e mais antigo museu do país consumiram, em pouco mais de sete horas, 90% do acervo de 20 milhões de peças. Tesouros preservados durante séculos, até milênios, provavelmente viraram cinzas. Ainda que alguns itens tenham sobrevivido, as coleções de paleontologia, etnologia, antropologia e muitas outras nunca mais serão vistas em seu esplendor


Luzia
Fóssil humano mais antigo das Américas, a ossada pertencia a uma mulher na casa dos 25 anos que viveu há cerca de 11 500 anos e cujas feições foram reconstituídas em computador. A descoberta da “primeira brasileira”, em 1975, na região da Gruta da Lapinha, em Minas Gerais, levou à revisão de teorias sobre a ocupação do continente. É possível que o crânio, que estava guardado numa caixa de metal, tenha sobrevivido ao incêndio.

 


(Museu Nacional/UFRJ/.)

Sarcófago egípcio
Dentro do esquife lacrado, de madeira policromada, repousava a múmia de Sha-amun-en-su, sacerdotisa-cantora que teria vivido em Tebas por volta de 750 a.C. A peça foi presenteada a dom Pedro II em 1876, quando ele esteve no Egito, pelo soberano à época. Diz a lenda que o imperador conversava com o sarcófago. Integrada ao acervo do museu no fim da monarquia, era o item mais valioso da coleção de arqueologia egípcia, a maior da América Latina.


(Museu Nacional/UFRJ/.)

Afrescos de Pompeia
A coleção greco-romana continha, entre outras joias, um jogo de quatro afrescos da cidade soterrada no ano 79 pelas lavas do vulcão Vesúvio. Arqueólogos acreditam que adornavam as paredes do Templo de Ísis. O conjunto, que incluía ainda estatuetas de terracota e cerâmicas dos séculos IV e III a.C., pertenceu à imperatriz Teresa Cristina, mulher de dom Pedro II, que ganhou parte das peças de seu irmão Fernando II, rei das Duas Sicílias.


Dinossauro
O museu abrigava o maior esqueleto reconstituído de um dinossauro brasileiro. Era um herbívoro da família dos titanossauros, com 13 metros de comprimento e 9 toneladas, que viveu há 80 milhões de anos em Minas Gerais. Também sumiram ossadas de preguiças de 3 metros de altura, uma das mais completas coleções do planeta dos alados pterossauros e os únicos fósseis do Oxalaia quilombensis, um dinossauro carnívoro.

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Coleção indígena
Um inventário da cultura indígena brasileira virou pó. O museu guardava, por exemplo, os áudios de cantos de línguas extintas, sem falantes vivos. Perdeu-se o painel original de 4 metros quadrados feito a mão em 1943 pelo etnólogo germano-brasileiro Curt Nimuendajú, com a classificação de quarenta famílias linguísticas e etnias indígenas — além de cestos, cerâmicas, máscaras, instrumentos musicais e obras de arte plumária.


A ciência pede socorro

ALERTA – Shellard, do CBPF: verba para quase nada (Marcos Michael/VEJA)

Os escombros ainda fumegavam no Museu Nacional, onde pesquisas desenvolvidas durante décadas viraram cinza, quando, na segunda-feira 3, diretores de 22 institutos endereçaram uma carta ao ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, Gilberto Kassab. Nela, ressaltavam o perigo de que a tragédia se repetisse em seus laboratórios e se ofereciam para encaminhar ao ministério um relatório detalhado dos problemas diagnosticados em cada um. Encabeçava a lista Ronald Shellard, diretor do prestigiado Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), do Rio de Janeiro, onde boa parte dos equipamentos, estimados em 100 milhões de reais, está com a conservação comprometida. Responsável por prover a fibra óptica que leva internet ao Exército e a outros órgãos de pesquisa, o CBPF suspendeu o serviço em dezembro passado devido a uma pane que durou sete horas. “Precisamos consertar máquinas, reformar a fiação e trocar a madeira dos pisos por material não inflamável”, disse Shellard a VEJA.

No epicentro dos problemas que sufocam a ciência brasileira está o dramático corte na verba repassada pelo governo federal nos últimos tempos — a principal fonte de sustentação do setor. No papel, o orçamento reservado no Ministério da Ciência para os órgãos de pesquisa diminuiu 16% entre 2014 e 2017, o que já seria grave. Na prática, o “orçamento executado” — ou seja, efetivamente entregue — sofreu uma redução bem maior, de 46%. Neste ano, dos 7,6 bilhões de reais de dotação, menos de 3 bilhões de reais foram repassados. A faca no pescoço da pesquisa afiou-se ainda mais a partir de 2016, com a aprovação da PEC 241, que estabelece um teto para os gastos do governo. E, mais uma vez, a conta pesou nas costas da ciência.

O Planalto resolveu empenhar 856 milhões de reais no Orçamento de 2019 para financiar o trabalho dos pesquisadores — cerca de 10% do que prometeu (e certamente não cumprirá) em 2018. Desta vez, os cientistas puseram a boca no trombone: seria o fim do mundo. “Só o CNPq, que fornece bolsas de estudo e pesquisa, gasta o equivalente a esse orçamento inteiro para manter os 5 000 projetos que tem em andamento”, afirma Luiz Davidovich, presidente da Academia Brasileira de Ciências. A pressão surtiu efeito. Na proposta orçamentária para 2019 encaminhada ao Congresso na sexta-feira 31, o governo destina 9 bilhões de reais à pesquisa. Se a proposta for aprovada pelo Congresso, seguirá para sanção do presidente. Mesmo sendo uma quimera que o “orçamento executado” cuidará de pulverizar, é algo bem melhor que os 856 milhões iniciais. O sucateamento da ciência no Brasil faz parte do dia a dia de qualquer laboratório. Débora Foguel, pesquisadora do Instituto de Bioquímica da Universidade Federal do Rio de Janeiro, relata o drama de um órgão que não tem dinheiro para fazer consertos básicos. “Um freezer pifou outro dia e tivemos de correr e guardar o que podíamos em outros laboratórios. Os produtos que precisavam ficar a 70 graus negativos expuseram-se à temperatura ambiente. Até agora não sei o que perdi”, diz. Caçula do Ministério de Ciência, o Instituto Nacional da Mata Atlântica, criado em 2014, não possui nem prédio para abrigar suas coleções — limita-se a uma sala.

Na Coreia do Sul, a pesquisa abocanha 4% do PIB, e 80% dessa verba é oriunda do setor privado — no Brasil, a fração é de 1,2% do PIB e as empresas respondem por apenas 40% do investimento. Elas fogem de universidades, emperradas pela burocracia, e montam centros dentro da indústria. Não é que não se faça pesquisa boa no país. “Somos o 13º no mundo em geração de conhecimento. O problema é que não transformamos esse saber em inovação. Em patentes, estamos na 64ª posição”, lamenta Marcos Cintra, presidente do Finep, o órgão de financiamento federal. Com os recursos minguando, é possível que trabalhos em andamento fiquem comprometidos. Como dizia o antropólogo Darcy Ribeiro, conhecedor como poucos das coisas do país: “O descaso do Brasil com a educação, a ciência e a tecnologia não é uma crise. É um projeto”.
Bruna Motta e Jana Sampaio

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Publicado em VEJA de 12 de setembro de 2018, edição nº 2599

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