Jaguariúna, no interior de São Paulo viveu hoje um dia de comemorações religiosas com a canonização da Irmã Dulce. A primeira paróquia a levar o nome da santa no país, Paróquia Beata Irmã Dulce, ficou aberta das 7 horas da manhã e encerrá os trabalhos com uma missa, às 19 horas. O padre, Carlos Roberto de Oliveira, foi ao Vaticano participar da canonização da freira baiana.
A comunidade preparou ainda para o próximo dia 20 uma festa com carreatas das três paróquias da cidade, quermesse e orquestra de violeiros.
Com apenas 50 mil habitantes, a cidade tem o maior número de devotos de Irmã Dulce no estado de São Paulo, Jaguariúna reúne histórias de devoção
pela santa. Entre elas, a da dona de casa Isaura Nogueira, que aos 63 anos dedica seu tempo para fazer bonecas de pano com o formato do corpo da santa.
“Meu pai tinha Parkinson. Cheguei a deixar minha cidade para ficar com ele, em São Paulo. Durante uma internação, ouvi dos médicos que não havia mais nada a fazer. Eles me pediram autorização para dar uma injeção que o levasse ao fim. Não entendo de medicina, sabia que seu estado era grave, mas senti que não era a hora de ele ir embora. Eu não disse nada. Simplesmente rezei à irmã Dulce, de quem sou devota há muito tempo, com todo o fervor. Pedi simplesmente que meu pai nos deixasse apenas na hora certa. No dia seguinte, o médico que cuidava dele foi substituído no hospital — e o novo doutor teve outra postura. Meu pai viveu por mais dois anos. Hoje passo o dia fazendo bonecas da minha santinha para dar de presente a amigos e parentes.”