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Vice rompe politicamente com Claudio Castro: ‘Relação será institucional’

Exonerado da secretaria que ocupava no governo do estado, Thiago Pampolha critica postura do governador do Rio e diz que houve pressão

Por Lucas Mathias Atualizado em 8 Maio 2024, 12h39 - Publicado em 5 mar 2024, 14h09

Foi publicado em edição extra do Diário Oficial do Estado do Rio, nesta terça-feira, 5, a exoneração do vice-governador Thiago Pampolha (MDB) da secretaria estadual do Meio Ambiente, cargo que exercia desde o início do mandato. A decisão, tomada pelo governador Cláudio Castro (PL), é fruto de um desentendimento entre os dois, que se arrastava desde o início deste ano. Em reunião com tom tenso na noite desta segunda-feira, Castro já havia comunicado a medida ao vice, fruto de um ruído político no governo estadual. Para Pampolha, a escolha marca o rompimento com o mandatário. “Daqui em diante, nos cabe manter uma relação institucional e de trabalho, em nome do governo do estado. Mas na política, vamos tocar nosso caminho separados”, diz. 

A ruptura entre os dois já havia sido escancarada com a decisão de Castro por não convidar o vice para o camarote do governo do estado no Carnaval.O atrito, porém, teve início com a decisão de Pampolha de se filiar em um novo partido. Sem espaço no União Brasil com a chegada no partido do presidente da Assembleia do Rio, Rodrigo Bacellar, ele decidiu ir para o MDB, a convite de caciques da sigla, como o presidente nacional Baleia Rossi e o governador do Pará, Helder Barbalho. 

O timing da mudança, porém, não agradava a Castro: o governador pedia que a troca fosse feita apenas após as eleições deste ano. Pampolha, por sua vez, entendeu que era preciso aproveitar o momento de convenções partidárias, de modo a contribuir com a preparação para o pleito, e para evitar que a filiação fosse inviabilizada no futuro. “Disse a ele que não fazia o menor sentido”, argumenta o vice-governador. O problema cresceu ainda mais depois que as ligações deixaram de ser atendidas pelo mandatário. “Ligaram até para o Michel Temer para tentar impedir a filiação”, completa. 

O movimento foi efetivado no dia 4 de outubro, mas sem a presença de Castro. O convite enviado ao governador, mais uma vez, ficou sem resposta. Na visão de Pampolha, a decisão de Castro foi tomada em razão de uma influência externa. “Se estava descontente comigo, o que deveria ter feito era sentar e conversar, não ignorar”, afirma. 

“A decisão sobre o comando das secretarias é dele, ele pode trocar, como fez. Mas da minha vida política cuido eu. E daqui pra frente, com completo respeito a ele, o que não se negocia. Comprometimento com o trabalho, institucionalmente. Mas politicamente, não me sinto mais do grupo político dele. Não houve um motivo contundente. Se ele me demite porque não entreguei, porque sou preguiçoso, tudo bem. Mas não por picuinha política. Não tem bom senso, razoabilidade. Fui injustiçado. Não há argumento que sustente isso, houve uma deslealdade política. O que imagino é que ele recebeu uma orientação de alguém que tem interesse nessa ruptura, e não teve como negar”, conclui. 

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Com a saída de Pampolha, o agora ex-secretário de Governo Bernardo Rossi (Solidariedade) é quem assume a pasta do Meio Ambiente. Para o lugar de Rossi, foi nomeado André Dantas, que ocupa o cargo de Secretário Extraordinário do Governo em Brasília e vai acumular as duas funções.

Legado no Meio Ambiente 

À frente da secretaria há cerca de quatro anos, Pampolha destaca a implementação do programa Ambiente Jovem, com a capacitação de mais de 6 mil moradores de comunidades para o mercado de trabalho, além de desenvolverem ações sustentáveis em seus territórios. Foram ainda em torno de 250 milhões de reais investidos no Limpa Rio, um programa de limpeza e desassoreamento de rios no estado, além de obras de saneamento, com impacto na despoluição da Baía de Guanabara. 

“Houve resultados surpreendentes de praias há anos impróprias para banho como Flamengo e Paquetá. Deixo a pasta com a cabeça erguida e a sensação de dever cumprido. Através dos nossos projetos de controle e fiscalização ambiental lideramos o ranking de queda de desmatamento da Mata Atlântica no país”, diz.

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