Vice-governadora de Santa Catarina se diz vítima de ‘fake news’
Reprimenda do presidente Bolsonaro teria sido dirigida ao ex-secretário Nacional da Pesca, e não a ela, como chegou a ser divulgado

A vice-governadora de Santa Catarina, Daniela Reinehr (PL), se diz vítima de “fake news” após a divulgação de vídeos e imagens, pelas redes sociais, em que supostamente o presidente Jair Bolsonaro (PL) teria rejeitado a presença dela ao seu lado.
Bolsonaro participava, no último sábado, em Balneário Camboriú (SC), do evento religioso Marcha para Jesus. Nas imagens o presidente pede para que uma pessoa próxima se afaste no momento em que acena para apoiadores. A edição divulgada nas redes sociais mostra a cena como se o presidente se dirigisse para a vice-governadora a frase: “Fica pra trás, meu Deus do céu!”. Na hora, Bolsonaro estava acompanhado de vários apoiadores.
A VEJA, a vice-governadora Daniela atribui as versões incorretas que foram divulgadas a ataque “machistas e com o intuito de enfraquecer o presidente com o público feminino”.
“Todos sabem a proximidade que tenho com o presidente da República. Foi tudo muito natural. A fala foi dirigida ao Jorge Seif (ex-secretário da Pesca) e com muita naturalidade. Ninguém ficou melindrado. Eu era a única mulher que estava ali. O presidente nunca foi hostil comigo e lamento profundamente o efeito cascata gerado nas redes sociais”, declarou a catarinense, que ainda lembra de ter procurado ser discreta, por se tratar de evento religioso, e não político.
Para estancar os efeitos do vídeo, a tropa oficial entrou em ação. O filho Zero Dois, o vereador carioca Carlos Bolsonaro, declarou nas redes que a história “poderia ser muito bem desmentida pelo homem com quem ele realmente falou”. O filho Zero Três, deputado Eduardo Bolsonaro, repostou mensagem que atribui o direcionamento da frase ao ex-secretário Nacional da Pesca, confirmando a fala de Daniela.
A recusa à aproximação de Jorge Seif, pré-candidato ao Senado por Santa Catarina, seria evitar campanha antecipada. Bolsonaro teria avisado que o encontro era religioso, e não político. Em um mês, essa é a terceira vez que o presidente participa de uma Marcha para Jesus.