O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto desistiu de arrolar o deputado federal Luiz Sérgio (PT-RJ) como sua testemunha de defesa no processo a que responde por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no escândalo do petrolão. O parlamentar governista é relator da CPI da Petrobras, instalada para investigar os desvios de dinheiro na estatal, a distribuição de propina a políticos e agentes públicos. Apesar de abrir mão do depoimento do relator da CPI, Vaccari manteve a indicação do líder do PT na Câmara, deputado Sibá Machado (PT-AC), e do ex-ministro da Justiça e ex-governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), como autoridades a serem ouvidas em sua defesa pelo juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato. Para a defesa de Vaccari, Sibá vai contribuir com “relevantes informações”, enquanto Genro deve ser ouvido “por ter sido presidente do Partido dos Trabalhadores, de modo a contribuir com as provas da defesa”. Genro foi um dos petistas que pediram o afastamento de Vaccari do partido antes mesmo de ele ter sido preso. O juiz Sérgio Moro tem criticado a estratégia de réus do petrolão de escolher testemunhas sem conhecimento real do esquema de corrupção na Petrobras e avalia que a escolha delas tem “propósitos meramente abonatórios, o que não seria justificável pois testemunha é quem sabe fatos relevantes para o julgamento”. (Laryssa Borges, de Brasília)