Tribunal italiano suspende extradição de Pizzolato
Corte acatou liminar da defesa do mensaleiro, que agora se propõe a cumprir a pena no país europeu. Decisão final sairá em 3 de junho
O Tribunal Administrativo do Lácio acatou nesta quarta-feira uma liminar da defesa do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato e suspendeu a extradição do mensaleiro. Segundo informações da TV Globo, a corte agendou para 3 de junho uma audiência sobre o caso – até lá, Pizzolato ficará na Itália.
‘Prefiro morrer a cumprir pena no Brasil’, diz Pizzolato
Segundo a defesa, Pizzolato se propõe a cumprir a pena de prisão na Itália. O recurso terá como base o tratado de extradição entre Brasil e Itália, transformado em lei nacional pelo Parlamento italiano há dois meses. Em um dos trechos da lei, fica permitido que um italiano que tenha cometido crime no Brasil cumpra sua pena de prisão na Itália, e vice-versa.
Brasil garante tratamento ‘melhor’ a Pizzolato na prisão
Mensalão – Com dupla cidadania, Pizzolato fugiu para a Itália pouco antes de ser condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a doze anos e sete meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro, acusado de ser um dos operadores financeiros do mensalão, esquema de compra de votos de deputados na Câmara Federal, para aprovar projetos do governo.
O ex-diretor do Banco do Brasil foi descoberto e preso na Itália, o que iniciou um processo legal que durou dezoito meses até a definição sobre sua extradição para o Brasil ser aprovada pelo governo de Matteo Renzi na semana passada.