A presidente afastada Dilma Rousseff encaminhou ao juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, documento em que informa que enviará por escrito seu depoimento como testemunha de defesa do empreiteiro Marcelo Odebrecht. Moro havia questionado a petista sobre a possibilidade de ela ser ouvida em audiência, mas ela invocou o Código de Processo Penal, que prevê que “o presidente e o vice-presidente da República, os presidentes do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal poderão optar pela prestação de depoimento por escrito”. Dilma é testemunha no processo que investiga a atuação de uma central de propina da Odebrecht, eufemisticamente nomeada pela companhia como Setor de Operações Estruturadas. Marcelo Odebrecht, preso há mais de um ano na capital paranaense, já foi condenado a mais de 19 anos em uma das ações penais a que responde por envolvimento no escândalo do petrolão. Ele é réu em outros processos relacionados ao esquema de corrupção na Petrobras. (Laryssa Borges, de Brasília)