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Sob pressão, Lula acelera liberação de recursos e loteamento de cargos

Nos últimos dias, governo assumiu o compromisso de pagar mais de 1 bilhão em emendas parlamentares e distribuir 400 postos federais

Por Daniel Pereira 13 Maio 2023, 15h45

Numa tentativa de ampliar sua base parlamentar e melhorar a relação do governo com o Congresso, o presidente Lula resolveu acelerar a liberação de verbas e a distribuição de cargos federais nos estados, como cobravam deputados e senadores, inclusive do PT. Nos últimos dias, o Planalto assumiu o compromisso de pagar mais de 1 bilhão de reais em emendas parlamentares inscritas no Orçamento deste ano, conforme revelado pelo portal Poder360, e de ouvir os congressistas na hora de aplicar 9 bilhões de reais que hoje estão à disposição dos ministérios. Também já foi autorizado o desembolso de 5 bilhões de reais dos chamados restos a pagar — emendas de anos anteriores que não foram liberadas.

Em outra frente, o governo pretende decidir em breve o destino de 400 postos federais distribuídos pelos estados, que serão loteados em troca do apoio sobretudo de partidos de centro. “Estamos um mês atrasado nessa questão dos cargos na comparação com o governo Lula 2”, diz uma fonte do palácio. Até ser derrotado na Câmara na votação sobre o marco do saneamento básico, o Planalto estava segurando a liberação de recursos e o rateio da máquina pública. A lentidão no atendimento dos pedidos dos parlamentares era atribuída oficialmente a problemas na burocracia, mas essa não era a razão principal.

Acordos firmados pelo ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, não eram cumpridos pelo chefe da Casa Civil, Rui Costa. Os dois duelaram, inclusive, sobre valores bilionários do Orçamento — o primeiro queria que fossem usados na negociação com o Congresso, e o segundo, na nova versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Além disso, auxiliares de Lula achavam — e ainda acham — que é preciso dosar na concessão de contrapartidas a deputados e senadores, atendendo-os de forma gradativa, e não de uma vez só, para que Lula tenha moedas de troca disponíveis quando a tramitação de um projeto prioritário emperrar no Legislativo. A negociação por apoio será custosa e permanente.

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