O PSDB fechou na madrugada desta terça-feira, no Palácio dos Bandeirantes, um acordo para que José Serra dispute uma vaga no Senado na chapa de Geraldo Alckmin, que busca a reeleição ao governo de São Paulo. Serra atendeu a um pedido de Alckmin, que chegou a oferecer a vaga a Gilberto Kassab, do PSD, na semana passada.
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Após o convite de Alckmin a Kassab, Serra decidiu que disputaria uma cadeira na Câmara dos Deputados. O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, defendia, contudo, o nome do ex-governador de São Paulo para o Senado. Serra só aceitou integrar a chapa como candidato a senador mediante o gesto de Alckmin – e após um acordo que prevê o apoio dos quinze partidos da coligação a sua candidatura. A decisão de Serra reforça o discurso de união dos tucanos.
Agora, Serra enfrentará na campanha seu antigo aliado, Gilberto Kassab, que decidiu na segunda-feira disputar o Senado pela chapa de Paulo Skaf, candidato do PMDB ao Palácio dos Bandeirantes. Na disputa com o tucano estará também o petista Eduardo Suplicy, que disputa seu quarto mandato como senador – está, portanto, há 24 anos no cargo.
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Ter um nome forte disputando o Senado é importante tanto para Aécio Neves, que precisa ter votação expressiva em São Paulo – e o paulista Aloysio Nunes não é vice na sua chapa por acaso – como para Geraldo Alckmin, que sabe que enfrentará uma disputa difícil. Como vocês já sabem, com o seu PMDB e o apoio de PDT, PROS, PSD e PP, Skaf será o postulante com mais tempo no horário eleitoral gratuito. O tucano vem em segundo lugar, e, razoavelmente atrás, Alexandre Padilha, que vê sua candidatura ser desvitaminada pelo próprio PT. A esta altura, já escrevi aqui, está claro que o petista fará na disputa o papel daqueles nanicos que se dedicam só à campanha negativa. Ele tentará desconstruir o PSDB, enquanto Skaf se encarregará de fazer “propostas”. O estrategista é Lula.