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Sem se licenciar do mandato, Tebet evita suplente condenado por corrupção

Candidata decidiu conciliar trabalho parlamentar e campanha política e não abrir espaço para empresário assumir posto no Senado

Por Leonardo Caldas
Atualizado em 5 set 2022, 13h54 - Publicado em 5 set 2022, 13h54

Representante do MDB na corrida ao Palácio do Planalto e um dos destaques no debate entre os candidatos que concorrem ao Palácio do Planalto, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) tem acumulado a dura agenda de presidenciável com o mandato parlamentar em Brasília. Se optasse por se licenciar como representante do Mato Grosso do Sul para se dedicar 100% à campanha, praxe entre políticos que buscam alçar voos como a Presidência da República, ela abriria a vaga para seu primeiro suplente, um empresário já condenado por corrupção.

Em uma disputa em que estão sendo explorados escândalos como o do petrolão e, mais recentemente, as revelações de que a família do presidente Jair Bolsonaro (PL) comprou 51 imóveis ao longo dos anos em dinheiro vivo, a decisão de não dar a vaga do Senado ao suplente Celso Dal Lago (MDB) pode ter sido estratégica.

Liderança consolidada em Dourados, o segundo maior colégio eleitoral do Mato Grosso do Sul, Dal Lago foi escolhido em 2014 para ser o primeiro substituto de Tebet, mas quando registrou a candidatura no TSE possuía complicações jurídicas. Ele respondia a uma ação penal por corrupção ativa na Operação Uragano, uma das maiores ações da Polícia Federal no estado contra fraudes em licitações. Dois anos depois de vencer a eleição como suplente de Tebet, o empresário foi condenado, mas o caso acabou prescrevendo. Nesta situação, é atestado que o Estado brasileiro demorou para julgar o caso e não é possível mais aplicar sanções aos investigados.

Política, Simone Tebet negou a VEJA que o passivo judicial do suplente tenha sido decisivo para que ele não assumisse seu mandato durante a corrida presidencial. Para ela, não há necessidade de se licenciar do cargo porque as sessões de discussão e votação de projetos estão sendo virtuais, cenário que permite que ela acumule as funções. De fato, o suplente nunca foi chamado para assumir a vaga da parlamentar, que pela primeira vez chegou aos 5% das intenções de voto, segundo o Datafolha. Tampouco aparece ao lado da candidata em eventos públicos ou partidários.

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