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Secretário de Alckmin diz que recebeu doação de R$ 150.000 da UTC

Deputado federal Arnaldo Jardim foi arrolado como testemunha de defesa pelo dono da empreiteira, Ricardo Pessoa, apontado como chefe do clube do bilhão

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 17 mar 2015, 12h41

O deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP), secretário de Agricultura e Abastecimento do governo Geraldo Alckmin, depôs nesta segunda-feira à Justiça Federal como testemunha de defesa do empreiteiro Ricardo Pessoa, presidente da UTC, e disse que recebeu doação de 150.000 reais da construtora na campanha eleitoral de 2014. Na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, Pessoa é apontado como coordenador do clube do bilhão, cartel de empreiteiras que fraudava contratos com a Petrobras e distribuía propina a ex-diretores da empresa e a políticos.

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Ao juiz Sergio Moro, Jardim disse que não conhece “fatos desabonadores” contra Pessoa e atribuiu a doação de campanha da UTC ao fato de ele, quando parlamentar, atuar na área de infraestrutura. O repasse dos recursos, disse, foi negociado com João Santana, presidente da Constran, que controla a UTC. “Tive uma doação da UTC de 150.000 reais e está em todas as prestações de contas. [O motivo da doação] foi minha formação na área de infraestrutura, na área de engenharia. É natural que seja assim. Na época da campanha, liguei para o senhor João Santana e disse que estava me preparando para a campanha e pedi que ele verificasse se o grupo poderia fazer uma doação de campanha e eles optaram por fazer. Credito a esse fato de eu ser uma pessoa atuante nessa área de infraestrutura”, relatou.

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Arnaldo Jardim é apenas um dos políticos arrolados como testemunha de defesa do empreiteiro Ricardo Pessoa. Também deverão depor o ministro da Defesa Jaques Wagner (PT) e os deputados Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Paulinho da Força (SD-SP). O depoimento de Wagner, por exemplo, está agendado para o dia 6 de abril.

Em fevereiro, reportagem de VEJA trouxe um resumo do que Pessoa está pronto a revelar à Justiça caso seu pedido de delação premiada seja aceito. Entre as revelações que o empreiteiro estaria disposto a fazer estão a de que o esquema organizado de cobrança de propina na Petrobras começou a funcionar em 2003, no governo Lula, organizado pelo então tesoureiro do PT Delúbio Soares, de que a UTC financiou clandestinamente as campanhas do ministro Jaques Wagner ao governo da Bahia em 2006 e 2010 e que a campanha de Dilma Rousseff e o PT receberam da empreiteira 30 milhões de reais desviados da Petrobras na campanha de 2014.

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