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Secretária de Políticas para Mulheres é contra o aborto até em caso de estupro

Fátima Pelaes (PMDB-AP) foi apresentada nesta terça-feira como a nova gestora da Secretaria de Políticas para Mulheres

Por Da Redação
1 jun 2016, 10h12
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  • A ex-deputada federal Fátima Pelaes (PMDB-AP) foi apresentada nesta terça-feira como a nova gestora da Secretaria de Políticas para Mulheres. Evangélica, a ex-parlamentar não concorda com a descriminalização do aborto e contesta até sua autorização em casos de estupro, prevista em lei no Brasil desde 1984.

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    Socióloga e deputada federal por 20 anos, de 1991 a 2011, Pelaes não levanta “bandeiras contrárias aos valores bíblicos”, como o aborto e a constituição livre de família. Em entrevista à editora Casa Publicadora das Assembleias de Deus, publicada três anos atrás, ela afirma que até 2002 defendia a descriminalização do aborto e não via a família como um projeto de Deus. Depois disso, porém, “conheceu Jesus” e passou a dizer que “o direito de viver tem que ser dado para todos”.

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    Em um relato proferido na Câmara durante discussão do Estatuto do Nascituro, em 2010, Pelaes contou que ela própria foi gerada a partir de um “abuso” que a mãe sofreu enquanto estava presa “por crime passional”. “Hoje estou aqui podendo dizer que a vida começa na hora da concepção sim”, afirmou, referindo-se ao fato de que, se sua mãe tivesse feito um aborto, “ela não estaria aqui hoje”. Sobre sua mudança de posicionamento, afirmou ter sido “curada”.

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    A ex-deputada, presidente do núcleo feminino do PMDB, foi escolhida pelo presidente em exercício, Michel Temer, após sugestão da bancada feminina da Câmara. Na gestão de Dilma Rousseff, a secretaria tinha status de ministério, mas atualmente está subordinada ao Ministério da Justiça e Cidadania. Derrotada nas eleições de 2014, Fátima Pelaes ficou até abril deste ano no cargo de diretora administrativa da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), sendo exonerada por Dilma depois que o PMDB rompeu com o governo.

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    Fátima Pelaes também teve o nome envolvido em um escândalo de desvios de dinheiro público do Ministério do Turismo, em 2011. Em depoimento à Polícia Federal, uma sócia da Conectur – empresa fantasma que, na verdade, funcionava em uma igreja evangélica – disse que a então deputada teria embolsado recursos de emendas para financiar sua campanha à reeleição. Ela nega.

    Ela ainda não foi oficialmente nomeada, mas participou nesta terça de seu primeiro evento na gestão Temer. Ela dividiu a mesa com o presidente em exercício e com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, em uma reunião com os secretários de segurança dos Estados e do DF para definir reforços nas medidas de combate à violência doméstica.

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    (Com Estadão Conteúdo)

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