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Saldão pré-votação do impeachment: Dilma faz trocas em 26 órgãos federais

Para garantir que mudanças ocorreriam antes da decisão na Câmara, governo publicou edição extra do DOU

Por Da Redação 16 abr 2016, 16h12
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  • Às vésperas da votação do impeachment, a presidente Dilma Rousseff promoveu dezenas de trocas em cargos comissionados de 26 órgãos da administração federal, seja diretamente nos ministérios ou fundações e autarquias vinculadas. Alguns dos partidos atingidos são o PP, o PMDB e o PRB.

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    O governo Dilma passou a negociar abertamente o voto de parlamentares em troca de cargos. Parte da série de mudanças envolve cargos federais de segundo e terceiro escalão em Estados do Nordeste, como Sergipe, Alagoas e Paraíba. É justamente a região do país cujos parlamentares sofrem mais assédio, seja da petista ou de governadores que a apoiam.

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    As nomeações e exonerações foram publicadas na edição extra do Diário Oficial da União veiculado na noite desta sexta-feira. A edição regular só volta na próxima semana. Sem o poder de publicar os nomeados, deputados desconfiavam das promessas e negociações. Eles reclamavam, nos bastidores, que o governo não tinha como garantir que seriam cumpridas. Uma das teses é de “desconfiança e falta de credibilidade para negociar”.

    O deputado Joaquim Passarinho (PSD-PA), favorável ao impeachment, citava como exemplo que um nomeado recente para diretoria do Incra em Santarém, no Pará, indicado pelo nanico PTN, teve problemas para assumir o cargo porque o PT local, antes no comando, instou uma greve no órgão, mesmo depois de o Ministério do Desenvolvimento Agrário publicar a nomeação. Trata-se de Adaias Cardoso Gonçalves, diretor apadrinhado pelo deputado Chapadinha (PTN-PA). Passarinho disse que o leilão de votos cessaria porque o próximo Diário Oficial da União seria publicado apenas depois do impeachment. “Acabou a compra de deputados”, disse ao site de VEJA.

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    Horas depois, o Planalto soltou a edição extra, com dezenas de trocas.

    Veja abaixo a lista de órgãos em que houve trocas:

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    Ministro de Estado da Integração Nacional – José Pinheiro Dória, interino ligado ao PP, foi demitido

    Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia – Sudam

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    Departamento Nacional de Obras Contra as Secas – Dnocs

    Secretaria de Aviação Civil – Juliano Alcântara Noman, secretário vinculado ao ex-ministro Eliseu Padilha e ao vice-presidente Michel Temer, do PMDB

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    Fundação Nacional de Saúde – Funasa

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    Ministério do Esporte – Dirigente do PRB, o então secretário de Inclusão Social Carlos Geraldo foi exonerado

    Advocacia-Geral da União

    Ministério da Agricultura

    Ministério da Ciência e Tecnologia

    Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

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    Instituto Brasileiro de Museus

    Fundação Biblioteca Nacional

    Ministério da Defesa

    Ministério da Fazenda

    Ministério da Justiça

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    Polícia Rodoviária Federal

    Departamento Penitenciário Nacional – Depen

    Conselho Administrativo de Defesa Econômica – Cade

    Fundação Nacional do Índio – Funai

    Departamento Nacional de Trânsito – Denatran

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    Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos

    Itamaraty

    Ministério do Desenvolvimento Agrário

    Instituto Chico Mendes

    Ministério do Trabalho

    Ministério dos Transportes

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