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Rueda x Bivar: pistoleiros, 20 milhões por morte e ameaça a criança

VEJA teve acesso a petição sigilosa que lista as intimidações que presidente eleito do União Brasil diz ter recebido do ex-aliado

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 17 mar 2024, 10h24

Está nas mãos do ministro Kássio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), uma tormentosa lista de acusações feitas pelo presidente eleito do União Brasil Antônio Rueda contra o dirigente agora afastado da agremiação, Luciano Bivar. Ex-aliados históricos, os dois estão em guerra aberta desde o ano passado, quando, desidratado pelo empoderamento do grupo ligado ao ex-prefeito ACM Neto na legenda, Bivar detectou que sua cabeça estava a prêmio. Na segunda-feira, 11, a troca de acusações subiu de patamar após uma casa de Rueda e outra da irmã dele, tesoureira do partido, terem pegado fogo em um aparente atentado. Os dois imóveis ficam a cerca de 500 metros de uma casa de Bivar em um condomínio fechado em Ipojuca (PE)

Em uma petição confidencial apresentada ao Supremo, instado a decidir se abre ou não processo contra Bivar pelas admoestações, Rueda relata três episódios de ameaça antes do incêndio, que incluem a contratação de assassinos de aluguel e a reserva de 20 milhões de reais, pretensamente por Bivar, para acabar com a vida do antigo aliado. VEJA teve acesso ao processo.

Conforme a petição, em um dos casos, Rueda afirma que, em uma conversa reservada entre Bivar e o vereador Milton Leite, presidente da Câmara Municipal de São Paulo, o parlamentar teria informado que havia reservado 20 milhões de reais “para ceifar a vida de Antônio Rueda”. Vereador de sete mandatos e mandachuva do partido em São Paulo, Leite foi arrolado como testemunha para corroborar o relato ao STF. Procurado, o vereador não quis se manifestar.

A gravação parcial de um diálogo entre Bivar e Rueda também em poder do Supremo é apresentada como um segundo elemento para comprovar as supostas investidas do deputado contra o ex-aliado: nela Bivar teria ameaçado de morte a filha do desafeto, uma criança de dez anos de idade. Neste caso, Bivar disse a VEJA que se exaltou e que também foi ameaçado. “Isso foi um telefonema de terceiro em que trocamos algumas coisas ásperas já no fim [da ligação]. Ele me fez várias agressões, só que não gravei. Ele ameaçou minha família, ameaçou tudo, ameaçou dizendo que sabia onde morava”, declarou.

Em um terceiro áudio anexado ao processo em tramitação no STF, uma testemunha diz ter presenciado uma conversa telefônica de Luciano Bivar em que ele teria informado ao interlocutor que havia contratado dois matadores de aluguel para executar Rueda em uma emboscada em Brasília. Menos de uma semana depois da conversa detalhada pelo informante, as casas de praia do presidente eleito do partido e da irmã dele foram incendiadas.

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