RJ: Bolsonaro e Cabral no centro de debate entre candidatos a governador
Polarização nacional e ligação de candidatos com o ex-governador preso na Lava Jato foram temas recorrentes nos encontros anteriores
Sete candidatos a governador do Rio de Janeiro participarão de um debate na TV Globo, o último promovido na televisão antes do primeiro turno, nesta terça-feira, 2, sob a sombra da polarização nacional, do ex-governador Sérgio Cabral (MDB) e da interferência de decisões judiciais.
Foram convidados os candidatos Eduardo Paes (DEM), Indio da Costa (PSD), Márcia Tiburi (PT), Pedro Fernandes (PDT), Romário (Podemos), Tarcísio Motta (PSOL) e Wilson Witzel (PSC). A mediadora será a jornalista Ana Paula Araújo.
Na semana passada, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) barrou a candidatura do ex-governador Anthony Garotinho (PRP), condenado em segunda instância. Com a decisão, Garotinho, que rivalizava com Romário pela segunda posição, foi retirado dos encontros.
Ele promete recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para permanecer na disputa. O Tribunal ainda pode tomar decisão parecida no caso de Paes, que concorre atualmente por força de uma liminar.
O debate promovido pela TV Record na última sexta-feira indicou o impacto da saída de Garotinho da disputa e dos reflexos das pesquisas para a Presidência. Com Paes na liderança constante para governador, os demais concorrentes adotaram diferentes estratégias para aproveitar a oportunidade e ganhar impulso rumo ao segundo turno.
Indio da Costa e Witzel – cujos partidos apoiam Geraldo Alckmin (PSDB) e Alvaro Dias (Podemos) – acenaram ao eleitor de Jair Bolsonaro (PSL), enquanto os demais buscaram conquistar o eleitorado feminino, que protestaria contra o capitão da reserva nas ruas no dia seguinte. Eduardo Paes, por sua vez, tenta se colocar neutro na disputa presidencial, apesar da sua legenda também apoiar Alckmin.
Além de Bolsonaro, Cabral, preso na Operação Lava Jato, é outro tema recorrente dos encontros. Candidatos buscam constantemente associar o ex-governador a Eduardo Paes, que era filiado ao MDB até abril e tem o apoio do partido na corrida pelo governo, na tentativa de antagonizar-se com o postulante do DEM e ganhar a vaga.