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Relator faz 139 perguntas inócuas para blindar Graça Foster – e ganha pizza

Por Marcela Mattos, na VEJA.com: No Congresso, os colegas do deputado Marco Maia, do PT gaúcho, atribuem a ele um “jeitinho sonso”. Quando foi relator da CPI do Apagão Aéreo, em 2007, chegou a ser apelidado na Câmara de “Pedro Bó”, em referência ao personagem do humorista Chico Anysio, pelo repertório de perguntas tolas. Nesta […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 03h41 - Publicado em 11 jun 2014, 21h29
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  • Por Marcela Mattos, na VEJA.com:

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    No Congresso, os colegas do deputado Marco Maia, do PT gaúcho, atribuem a ele um “jeitinho sonso”. Quando foi relator da CPI do Apagão Aéreo, em 2007, chegou a ser apelidado na Câmara de “Pedro Bó”, em referência ao personagem do humorista Chico Anysio, pelo repertório de perguntas tolas. Nesta quarta-feira, o petista resolveu protagonizar nova cena lastimável na CPI mista da Petrobras, da qual também tem o cargo de relator. Durante duas horas, ele fez exatas 139 perguntas à presidente da estatal, Graça Foster, com o objetivo de esvaziar a sessão e evitar questionamentos sobre denúncias de corrupção na empresa.

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    Logo na primeira pergunta, o petista surpreendeu o colegiado: “Quais são as principais diretrizes que orientam a estratégia na política de negócios da Petrobras?”. Outra: “A Petrobras está preparada para enfrentar os desafios no setor?”. O senador oposicionista Alvaro Dias (PSDB-PR) ironizou: “É a prova do Enem!”

    No posto de relator, Maia tem direito a fazer quantas perguntas quiser, sem qualquer restrição de tempo – deputados e senadores têm cinco minutos, cronometrados pelo presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB).

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    Após a oposição reclamar – sem sucesso – da blindagem de Maia, o líder do Solidariedade, Fernardo Francischini (PR), levou uma pizza ao plenário da comissão. Na caixa estava escrito “Pizza sabor petróleo”. “O relator é o maior pizzaiolo que temos. Ele agiu para blindar a Graça Foster, fazendo apenas perguntas repetidas para procrastinar”, criticou Francischini.

    Marco Maia rebateu, alegando que estava utilizando “um método” especial em suas perguntas. “Eu peço paciência. Podemos ficar aqui por até dez horas, porque é assim que funcionam as CPIs. Esse é o método de fazer inquirição. Até porque o depoente pode cair em contradição e fazer afirmações que possam ser questionadas”.

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    Depois de duas horas, o petista encerrou suas perguntas. Graça Foster continua prestando depoimento.

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