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Relator admite mudança em relatório para reunião de quarta

Para Odair Cunha, a retirada de nomes como o de Fernando Cavendish, da Delta, e do governador Marconi Perillo, é inegociável

Por Tai Nalon, de Brasília
27 nov 2012, 21h32

O relator da CPI do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), afirmou nesta terça-feira que poderá fazer mudanças no relatório preliminar antes mesmo de tentar novamente ler o documento nesta quarta em reunião da comissão. Ele reuniu-se agora à noite com deputados da ala governista para discutir pontos controversos do texto – entre eles o pedido de investigação pelo Conselho Nacional do Ministério Público do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, cuja retirada do texto está, segundo Odair, sendo negociada. Questão de dissenso mesmo entre aliados, a justificativa oficial para a inserção do nome de Gurgel no texto é que o procurador não deu continuidade às investigações da Operação Vegas, da Polícia Federal. “Eu reafirmei [na reunião] as razões que me levaram a incluir este tema no relatório, por convicção sobre uma dúvida existente na conduta do procurador-geral. Mas isso não é uma questão central no debate do relatório”, disse Odair. As questões centrais, segundo ele, seriam a organização criminosa capitaneada pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira, o seu modus operandi e o seu sistema de financiamento. A retirada de nomes como o de Fernando Cavendish, ex-presidente da Delta Construções, e o de Marconi Perillo, governador de Goiás pelo PSDB, portanto, na avaliação dele, é inegociável. “Temas não centrais do nosso relatório podem sim ser negociados”, disse. “Eu quero usar o prazo que eu tenho [para negociar mudanças] até antes da leitura amanhã.” As negociações, para Odair, no entanto, não devem incluir o pleito de parlamentares, que pedem sobretudo a inclusão do nome do governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral (PMDB), que teve as investigações sobre sua relação com Cavendish barradas. Odair disse que, ao menos até agora, não houve qualquer sugestão de inclusão no texto que pudesse ser acatada. “A questão do governador é uma conduta que não foi investigada pela CPMI. Exatamente por isso não deve ser analisada sob ponto de vista de indiciamento”, afirmou. Odair admitiu também que pode retirar do relatório o pedido de indiciamento de jornalistas, entre eles o do diretor da sucursal de Brasília de VEJA, Policarpo Júnior. Nota de esclarecimento de VEJA, publicada na última quinta-feira, mostra que o relatório, redigido sob pressão da ala radical do PT, suprimiu provas de que os contatos entre Policarpo e Cachoeira jamais extrapolaram os limites do trabalho de um repórter em busca de informações. Segundo Odair, o tema não é questão central no relatório. A CPI do Cachoeira se reúne nesta quarta-feira para nova tentativa de leitura do relatório. Na semana passada, entre bate-bocas e questões de ordem, o relator pediu o adiamento da apreciação para negociar com parlamentares o conteúdo do documento.

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