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Rede diz que Eduardo Bolsonaro milita contra a democracia e pede cassação

Partido quer que Conselho de Ética avalie defesa pelo deputado de um novo AI-5; outros cinco partidos prometem representação contra o filho do presidente

Por Da Redação 4 nov 2019, 15h12
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  • A Rede Sustentabilidade apresentou representação cobrando a perda de mandato do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, por “militar de forma contrária” à democracia e demonstrar “desprezo pela vontade do povo” ao falar sobre “novo AI-5”. A manifestação foi encaminhada nesta segunda-feira, 4, à Mesa Diretora da Câmara para ser apreciada pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.

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    O caso envolve a fala de Eduardo Bolsonaro na quinta-feira 31, na qual defendeu a edição de um “novo AI-5” para conter manifestações de rua semelhantes às que ocorrem no Chile. Segundo o filho do presidente, a medida seria para enfrentar uma “radicalização da esquerda”. No mesmo dia, após ser desautorizado pelo pai, o deputado voltou atrás e pediu desculpas pelo comentário.

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    Em manifestação, a Rede afirma que a declaração de Eduardo caracterizaria abuso de imunidade material e “danos incomensuráveis ao Poder Legislativo. O partido também acusa o deputado de “violar o interesse público, a vontade popular e a Constituição Federal”. “Apesar de ter sido o deputado federal mais votado nas eleições de 2018, as suas ações militam de forma contrária a uma ideia mínima de democracia, demonstrando desprezo pela vontade do povo”, afirma a sigla.

    Na sexta-feira 4, a Rede e outros cinco partidos de oposição – PT, PSOL, PSB, PDT e PCdoB – entraram com uma representação contra Eduardo Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF). Os partidos também anunciaram que iriam pedir a cassação do filho do presidente no Conselho de Ética da Câmara por quebra de decoro parlamentar.

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    O Ato Institucional Número 5 (AI-5) foi o mais duro instrumento de recrudescimento da ditadura militar (1964-1985). Baixado durante o governo do general Costa e Silva, em 13 de dezembro de 1968, o decreto vigorou por uma década garantindo poderes de exceção do Executivo, o que possibilitou perseguição, prisões, tortura e morte de adversários políticos do regime.

    Foi por meio do AI-5 que a ditadura fechou o Congresso Nacional, cassando mandatos de parlamentares e suspendeu a garantia de direitos individuais, como o habeas corpus.

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    A Rede cita que se manifestar a favor da edição de um novo decreto que debilitou o Poder Legislativo viola a imunidade parlamentar, garantia de deputados e senadores em cargo, além de atentar contra o decoro da Casa.

    “O discurso a favor de um AI-5 é uma apologia a tudo que este instrumento previu, servindo de incentivo a outras pessoas agirem nesse mesmo sentido, sobretudo pelo discurso ser amplamente divulgado e ter origem não nas palavras de um deputado federal qualquer, mas um dos filhos do presidente da República”, afirma a Rede. “Ao defender abertamente o uso de instituto similar ao AI-5, o deputado federal Eduardo Bolsonaro ofende diretamente diversos preceitos constitucionais”.

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    Se a representação for aceita, o pedido da Rede pode parar no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Lá, Eduardo tem cenário desfavorável com três das quatro vagas do PSL pertencerem à ala ligada ao presidente da sigla, Luciano Bivar, desafeto da família Bolsonaro. O “Centrão”, por sua vez, tem 24 das 42 cadeiras.

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    (Com Estadão Conteúdo)

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