Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Marcelo Queiroga depõe na CPI da Pandemia

Atual ministro da Saúde fugiu de perguntas sobre a cloroquina e disse se tratar de um tema de "natureza técnica"

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2021, 18h21 - Publicado em 6 Maio 2021, 07h17

Após os depoimentos dos dois primeiros ministros da Saúde do governo de Jair Bolsonaro, a CPI da Pandemia recebeu nesta quinta-feira, 6, o atual titular da pasta, Marcelo Queiroga. O diretor-presidente da Agência de Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, também iria falar hoje, mas seu depoimento acabou adiado para terça, 11.

Queiroga declarou que “a solução para a pandemia é a campanha de vacinação” e frisou que o desenvolvimento dos imunizantes é “uma resposta da ciência” à crise. Em referência aos altos números de casos e mortes por Covid-19 no país no momento em que tomou posse, o ministro destacou que assumiu o cargo em uma cerimônia fechada porque “não havia o que comemorar”. Queiroga assinalou que comanda um ministério “técnico” e destacou as reuniões com a OMS e as “parcerias” com secretarias municipais e estaduais de Saúde que já ocorreram em sua gestão.

Perguntado se compartilha com a opinião de Bolsonaro a favor da cloroquina, Queiroga afirmou que essa é uma “questão de natureza técnica” e que existem “correntes diferentes” entre os médicos. O ministro acrescentou que não fará “juízo de valor” sobre a opinião de outros. A ausência de uma resposta concreta irritou parte dos senadores e provocou discussão entre governistas e oposição. Sobre o mesmo tema, Queiroga disse que “não houve pressão” sobre sua gestão para recomendação de nenhum medicamento. Na quarta, o ex-ministro Nelson Teich declarou que deixou o cargo por não concordar com a defesa do presidente Jair Bolsonaro do uso da cloroquina.

Marcelo Queiroga está à frente do Ministério da Saúde desde 23 de março deste ano. O médico cardiologista assumiu o cargo com o desafio de chefiar a pasta no pior momento da pandemia no país, quando se somavam cerca de 300 mil mortes no Brasil. O ministro é fortemente cobrado pela vacinação em massa da população.

Quatro requerimentos de convocação, de autoria do relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), do vice-presidente, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e dos senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Eduardo Girão foram aprovados pelo colegiado para o testemunho do atual titular da Saúde.

Continua após a publicidade

Já sobre a audiência com Barra Torres, a expectativa dos parlamentares é que ele fale sobre os processos de liberação de imunizantes contra a Covid-19, assim como o recente processo que culminou com a negativa do registro da vacina Sputnik V.

Na quarta-feira 5 o ex-ministro da Saúde Nelson Teich foi ouvido na comissão e explicou os motivos que provocaram sua saída do cargo menos de um mês após assumir, ainda em 2020. Já o primeiro titular da pasta no governo Bolsonaro, Luiz Henrique Mandetta, abriu os trabalhos na terça-feira 4 e concedeu um longo depoimento, onde pontuou que o presidente ignorou os alertas sobre a gravidade da crise.

O também ex-ministro Eduardo Pazuello, que comandou a pasta em grande parte da pandemia, de maio de 2020 a março de 2021, deve ser ouvido no dia 19 de maio. Seu depoimento seria na quarta-feira 5, mas, após o general alegar ter tido contato com militares que testaram positivo para Covid-19, a audiência foi adiada.

(Com Agência Senado)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

O Brasil está mudando. O tempo todo.

Acompanhe por VEJA.

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.