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PSOL tenta se distanciar de deputada que ajudou black blocs

Janira Rocha ficou fora do horário eleitoral gratuito na TV e no rádio. Partido diz preferir dar espaço a candidaturas que "potencializem o desempenho" da sigla

Por Daniel Haidar, do Rio de Janeiro
15 ago 2014, 14h49

A deputada estadual Janira Rocha (PSOL) ficou sem apoio do próprio partido para concorrer às eleições deste ano. Depois de dar carona a black blocs foragidos da Justiça, o que pode levá-la a enfrentar mais um processo por quebra de decoro, a parlamentar foi excluída nesta quinta-feira do horário eleitoral gratuito na televisão e no rádio.

Janira conseguiu 6.442 votos na eleição de 2010. Só foi eleita porque Marcelo Freixo obteve 177.253 votos e o partido conseguiu atingir o quociente eleitoral com votação suficiente para levar mais um deputado para a Assembleia Legislativa do estado do Rio de Janeiro (Alerj). Desta vez, os dirigentes partidários não apostam na eleição de Janira. “Teremos 20 segundos em cada programa na televisão. Vamos concentrar a propaganda em um número menor de pessoas. Ela não teve grande votação em eleições passadas. Optamos por candidaturas que avaliamos que podem potencializar o desempenho do partido”, afirmou Rogério Alimandro, presidente do PSOL no estado do Rio de Janeiro.

A exclusão do horário eleitoral motivou reclamações de Janira em uma rede social. “Isto ocorre porque pertenço, nos debates internos, à corrente minoritária aqui no Rio de Janeiro”, afirmou a deputada.

A parlamentar já teve a conduta questionada até por correligionários. No dia 21 de julho, a deputada deu carona, em veículo oficial, à advogada Eloisa Samy e ao black bloc David Paixão para fugir de cerco policial no Consulado do Uruguai no Rio de Janeiro. A dupla passou o dia no local à espera da análise de um pedido de refúgio político. Assim que a demanda foi rejeitada pelo Uruguai, partiram em fuga no carro da deputada. Isso evitou que a advogada foragida fosse presa – havia, no momento, um mandado de prisão preventiva contra ela. Depois, Eloisa conseguiu o direito de responder a processo por associação criminosa em liberdade. A conduta da Janira é analisada pela Corregedoria da Assembleia Legislativa e pode resultar na abertura de um processo por quebra de decoro.

Se for mesmo aberto o processo disciplinar, será a segunda ação por quebra de decoro em trâmite na Casa. Ela ainda vai ser julgada pela acusação de reter salários de funcionários comissionados. Também pode responder a processo penal pelo crime de favorecimento pessoal – a depender do parecer, ainda pendente, do procurador-geral de Justiça do estado do Rio de Janeiro, Marfan Vieira.

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