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PSDB defende Perillo e critica direcionamento da CPI

Presidente da partido, deputado Sérgio Guerra, afirma manter a confiança no governador de Goiás e acusa o PT de perseguir tucanos na CPI do Cachoeira

Por Gabriel Castro
17 jul 2012, 17h10

O presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), afirmou nesta terça-feira que o partido mantém total confiança no governador de Goiás, Marconi Perillo, apesar das constantes denúncias sobre sua ligação com o grupo do bicheiro Carlinhos Cachoeira. “O PSDB não tem dúvidas sobre a conduta do governador Marconi Perillo. Todas as questões levantadas até agora sobre ele foram explicadas, absolutamente justificadas”, disse Guerra.

O dirigente do PSDB condenou a tentativa de reconvocar Perillo para falar à CPI do Cachoeira e disse que o PT usa a comissão para atingir a oposição às vésperas das eleições municipais e do julgamento do mensalão, que começará em agosto. Exaltado, o tucano prometeu reagir: “Vamos enfrentar essa gente onde for preciso. Nas urnas, como estamos fazendo, e no Congresso também”, afirmou.

Perillo é acusado de usar a venda de sua casa a Carlinhos Cachoeira para receber cerca de 500.000 reais da construtora Delta. Em troca, ele teria liberado pagamentos que beneficiaram a empreiteira.

Os tucanos argumentam que o governo federal repassou para a Delta 3,7 bilhões de reais desde 2005, ante 53 milhões do governo de Goiás desde o início da gestão de Perillo, no ano passado.

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No balanço feito pelo partido com base em repasses feitos pelo governo federal desde 2003, órgãos chefiados pelo PR aparecem no topo da lista na lista de pagamentos à Delta, graças ao Ministério dos Transportes. Em seguida, aparecem PMDB, PT e PSDB.

Os integrantes do PSDB chamaram de “requentadas” as denúncias sobre novos indícios de irregularidades na venda da casa de Perillo em Goiânia. Conversas gravadas pela Polícia Federal mostram o ex-vereador Wladimir Garcez conversando com Cachoeira sobre a transação. “Ambos, cada qual ao seu modo, tentam de uma forma ou de outra tentam demonstrar um poder que não detêm utilizando o nome do governador”, disse o deputado Carlos Sampaio (SP).

Para o líder do partido no Senado, Alvaro Dias (PR), as acusações contra Marconi precisam ser apuradas, mas a CPI não deve gastar tempo ouvindo novamente o governador de Goiás. Na avaliação do senador paranaense, a comissão deve priorizar ouvir outros personagens: Fernando Cavendish, ex-diretor da Delta, Luiz Antonio Pagot, ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes e José Francisco das Neves, o Juquinha, ex-presidente da estatal Valec.

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“Nós temos que trazer à CPI o Cavendish, o Pagot, o Juquinha, o Cachoeira. Ou essa CPI traz imediatamente estes convocados ou ela se transforma numa farsa”, disse Alvaro Dias.

Reação – O líder do PT no Senado, Walter Pinheiro (BA), rebateu as acusações dos tucanos. “Não fomos nós que escolhemos que o caso Cachoeira viesse a coincidir exatamente no ano do julgamento do mensalão”, rebateu o petista, que foi um dos primeiros a pedir a criação da CPI do Cachoeira.

O parlamentar disse que não há consenso na bancada petista sobre o pedido de reconvocação de Perillo. Segundo ele, alguns parlamentares acreditam que o partido já deve ir mais longe e pedir o impeachment do governador de Goiás: “Há divergências dentro do PT. Alguns acham que ele deveriam vir. Outros acham que a gente deveria aplicar ao Perillo o mesmo remédio que se aplicou ao Demóstenes”, afirmou o senador baiano, que diz estar convencido da relação de Perillo com o grupo de Cachoeira.

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Pinheiro também rejeitou a afirmação de que a Polícia Federal foi usada politicamente pelo governo petista: “Eu não sei se alguém no passado fez isso. Talvez alguém tenha feito isso na Polícia Federal no passado e achou que era possível se fazer agora”, provocou.

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