PSB decide apoiar Haddad, mas libera Márcio França (SP) e Rollemberg (DF)
Presidente do partido, Carlos Siqueira diz que petista deve construir uma frente com todas as ‘forças democráticas’ do país para derrotar Jair Bolsonaro
O PSB decidiu nesta terça-feira, 9, em reunião da Executiva Nacional, apoiar a candidatura de Fernando Haddad (PT) à Presidência da República, mas deixará os diretórios de São Paulo e Distrito Federal – estados onde o partido disputa o segundo turno para o governo estadual – definirem seu posicionamento.
“O PSB acaba de aprovar uma resolução em que define o seu apoio no segundo turno da eleição presidencial ao candidato Fernando Haddad, propondo que se forme uma frente democrática contra uma candidatura que representa um extremo oposto”, disse o presidente do partido, Carlos Siqueira. Ele defendeu que o petista procure “todos os democratas, todos os nacionalistas, todos os homens e mulheres de bem que amam a liberdade e que querem a preservação da liberdade em nosso país”.
O PSB, que no primeiro turno das eleições havia aprovado, em congresso do partido, um veto a qualquer apoio a Jair Bolsonaro (PSL), rival de Haddad no segundo turno, encontrava-se entre a cruz e a espada no Distrito Federal e em São Paulo. Há o temor de desgaste eleitoral, na esteira do antipetismo, aos candidatos Rodrigo Rollemberg, no Distrito Federal, e Márcio França, em São Paulo.
Na capital federal, o capitão do Exército teve 58,8% dos votos válidos contra apenas 16,6% de Haddad. Em São Paulo, o candidato do PSL teve uma vantagem também expressiva: 53% contra 16,4% do petista.
O PSB também disputa o segundo turno no Amapá, com João Capiberibe, e Sergipe, com Valadares Filho, mas para esses estados não haverá tratamento especial. No Amapá, a votação nos dois candidatos ao Planalto foi menos desigual, e o PSB já tem o PT na coligação. Em Sergipe, Haddad conseguiu mais votos que Bolsonaro (50,1% a 27,7%).
(Com Reuters)