Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Procuradores negociam repatriação de US$ 54 mi de lobista da SBM

Júlio Faerman, representante da construtora de navios no Brasil, é uma da peças centrais nos pagamentos de propinas para ex-executivos da Petrobras

Por Da Redação
5 ago 2015, 10h06

O Ministério Público da Suíça indicou na terça-feira estar disposto a repatriar ao Brasil o dinheiro congelado nas contas do lobista da construtora de navios SBM Offshore, Júlio Faerman. O empresário fez delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF) em maio e deu seu sinal verde para a devolução. Os depósitos poderiam chegar a 54 milhões de dólares.

Ele é suspeito de ter sido uma das peças centrais nos pagamentos de propinas para ex-executivos da Petrobras. Por isso, tanto do lado brasileiro como do suíço, um pente-fino está sendo feito para identificar todos os valores em todas as contas, além da origem e destino da propina. O ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco revelou que até 200.000 dólares recebidos da SBM foram repassados ao ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, preso em Curitiba. Segundo Barusco, a quantia foi solicitada a Faerman como um “reforço” de campanha de Dilma Rousseff em 2010. Na terça-feira, na cidade suíça de Lausanne, uma equipe de procuradores iniciou negociações para recuperar o dinheiro e acredita que os valores poderão estar nos cofres públicos em “poucos meses”.

A assessoria de imprensa da Procuradoria-Geral da Suíça confirmou a negociação. “Confirmamos o encontro entre o Ministério Público e procuradores brasileiros para falar sobre a repatriação de alguns ativos sequestrados na Suíça no caso da Petrobras”, disse o órgão. Entre os detalhes que ainda estão pendentes para a liberação está o valor exato do dinheiro da propina. As investigações apontaram que existe uma parte do dinheiro que não seria fruto da corrupção, o que deve permanecer com o empresário.

Um representante do Ministério Público brasileiro informou que a meta da viagem é chegar a um entendimento sobre o “compartilhamento de ativos”. Ainda assim, o Ministério Público estima que a maior parte dos 54 milhões de dólares deve ir aos cofres públicos nacionais. As contas estão bloqueadas pela Procuradoria-Geral da Suíça. Segundo o órgão, Faerman faz parte dos investigados nas mais de 300 contas descobertas no caso da Petrobras.

Continua após a publicidade

Leia também:

PT recebeu até US$ 200 mi em propina, diz delator

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.