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Procurador confirma denúncia contra Renan por três crimes

Senador alagoano é acusado de falsidade ideológica, uso de documentos falsos e peculato; denúncia será analisada pelo Supremo Tribunal Federal

Por Da Redação
1 fev 2013, 11h51

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, confirmou nesta sexta-feira que apresentou denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) pelos crimes de falsidade ideológica, uso de documentos falsos e peculato. A íntegra da denúncia será analisada pelo tribunal em data ainda não prevista.

A investigação remete ao ano de 2007, quando Renan teve de renunciar à cadeira de presidente da Casa para salvar seu mandato. Na época, ele enfrentou cinco denúncias no Conselho de Ética do Senado. A mais devastadora foi feita pela jornalista Mônica Veloso, com quem Renan tem uma filha. Ela revelou a VEJA que o lobista Cláudio Gontijo, da empreiteira Mendes Júnior, entregava a ela pacotes de dinheiro vivo em nome de Renan para custear a pensão alimentícia. Em troca, a empreiteira era beneficiada com emendas parlamentares do senador para tocar obras em Alagoas.

Para tentar sustentar que tinha recursos próprios para custear as despesas, Renan afirmou que investia em gado e que teria obtido lucro espantoso com as transações rurais. Um laudo do Instituto de Criminalística da Polícia Federal apontou, entretanto, que os resultados dessas transações eram fictícios. As investigações também concluíram que os documentos apresentados por Renan eram forjados. Em suma, ele não tinha recursos para pagar 16 500 mensais de pensão.

De acordo com a denúncia do procurador-geral, Renan também desviou recursos da verba indenizatória do Senado, destinada a arcar com gastos referentes ao mandato, como aluguel de escritório, gasolina e passagens aéreas. Nesse caso, o dinheiro do Senado era destinado a uma locadora de carros, cujo dono é apontado como laranja de Renan.

“O peculato é em relação à utilização daquela verba de representação que os senadores têm e que cuja utilização tem de ser comprovada. E ele comprovou isso com notas frias”, afirmou Gurgel.

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O peemedebista também enfrentou outras acusações na época, como possuir rádios em nome de laranjas, beneficiar a cervejaria Schincariol, cobrar propina em ministérios comandados pelo PMDB e até espionagem contra parlamentares adversários.

Infográfico:

Na Rede de Escândalos, os – muitos – rolos de Renan Calheiros

(Com Estadão Conteúdo)

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