Presidente da Funai afirma que jamais permitiria viagem sem apoio técnico
Marcelo Xavier diz que não sabia de missão do subordinado à região do Vale do Javari
O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Xavier, em entrevista a VEJA, nesta terça-feira, 7, relatou que o indigenista Bruno Araújo Pereira, que desapareceu junto com o jornalista inglês Dom Philips, no Amazonas, não estava no local a trabalho. Segundo o dirigente, Pereira teria pedido licença da fundação para resolver questões particulares.
“Jamais permitiríamos uma missão oficial sem o devido respaldo e apoio técnico. Ainda mais uma área próxima da fronteira com o Peru, considerada de alto risco pela ação do narcotráfico. Não sabíamos o que ele estava fazendo ali, mesmo assim deslocamos nossas equipes para auxiliar nas buscas”, destacou.
Xavier ainda falou que em todas as missões a entidade toma medidas preventivas com o objetivo de minimizar riscos. O jornalista inglês e o indigenista estão desaparecidos desde domingo. Hoje, as buscas foram intensificadas com a participação de quinze servidores da Funai e da Força Nacional de Segurança Pública, com a coordenação do Ministério da Justiça.
A Polícia Federal também enviou mais uma aeronave com agentes e integrantes do exército para as buscas. O jornal britânico The Guardian afirma que o inglês realizava pesquisas na região para um livro sobre meio ambiente, com apoio da Fundação Alicia Patterson.