As famílias das duas vítimas do desabamento de parte da Ciclovia Tim Maia serão indenizadas pela prefeitura do Rio de Janeiro. Pelo menos duas pessoas morreram no incidente: o engenheiro Eduardo Marinho Albuquerque, de 54 anos, e o gari comunitário Ronaldo Severino da Silva, de 60 anos.
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Segundo o prefeito Eduardo Paes, a Procuradoria Geral do Município já foi acionada para chegar a um acordo com os parentes, mas a negociação ocorrerá “de maneira sigilosa”. “A prefeitura entende a sua responsabilidade nesse episódio”, afirmou Paes neste sábado. O prefeito disse ter procurado as duas famílias, mas conseguiu conversar ao telefone apenas com o cunhado do engenheiro Eduardo Albuquerque. “Tive a oportunidade de me solidarizar, lamentar o ocorrido”, contou.
Questionado sobre a revolta de parentes de Ronaldo Silva durante o enterro do gari, Paes disse entender o momento de emoção das famílias envolvidas. “Recebo com tristeza, mas compreendo a indignação da família”, respondeu o prefeito.
Paes evitou apontar os erros que levaram ao colapso de parte da ciclovia, na última quinta-feira. Segundo ele, é preciso esperar o laudo das duas instituições contratadas para inspecionar a obra. No entanto, ele voltou a descartar que a culpa da tragédia tenha sido do mar em ressaca e reforçou que buscará os profissionais envolvidos nas falhas.
De acordo com Paes, a Prefeitura não trabalha atualmente com a possibilidade de demolir a ciclovia. “Não é esse o nosso desejo, não é esse o nosso trabalho. Estamos trabalhando para mantê-la”, declarou.
Parte da ciclovia permanece interditada indefinidamente. O trecho que liga o Leblon à comunidade do Vidigal foi liberado para o uso da população. Segundo o prefeito, esse percurso já era utilizado pelos moradores e funcionava como uma espécie de passeio público, tendo recebido apenas reforço de pavimentação e contenção. A decisão sobre a interdição do restante da ciclovia partiu da própria Defesa Civil, alegou Paes.
Buscas encerradas – O Corpo de Bombeiros desmobilizou nesta tarde as equipes de buscas por vítimas da tragédia, após cumprir o protocolo de buscas de 48 horas sem que ninguém reclamasse a ausência de possíveis desaparecidos. A corporação mantém o monitoramento por meio de aeronave.
Em caso de ausência de qualquer pessoa que possa ter sido vítima do acidente, o comandante das Atividades de Salvamento Marítimo, coronel Marcelo Pinheiro, recomenda que se acione imediatamente o Corpo de Bombeiros. Um posto de comando está montado no Posto 13 da Praia de São Conrado para informações.
Na manhã deste sábado (23), bombeiros dos Grupamentos Marítimos de Botafogo e Copacabana, mergulhadores do Grupamento de Busca e Salvamento da Barra, militares da Gávea e do Grupamento de Operações Aéreas realizaram buscas da Praia de São Conrado até o Leblon. Os mergulhadores atuaram na encosta no ponto do acidente, e as equipes terrestres ficaram baseadas na encosta do Vidigal. Foram usadas lanchas, motos aquáticas e aeronave na operação.
(Com Estadão Conteúdo)