Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

PP fica na base governista até votação do impeachment na Câmara

É o que garantiu hoje o presidente da sigla. Dissidentes não conseguiram apoio para forçar o partido a abandonar o governo

Por Da Redação 6 abr 2016, 12h07

O presidente nacional do Partido Progressista (PP), senador Ciro Nogueira (PI), anunciou nesta quarta-feira que a legenda, que tem 48 deputados e seis senadores, permanecerá na base aliada do governo Dilma Rousseff pelo menos até o final da votação do processo de impeachment da petista na Câmara dos Deputados. A decisão foi oficializada depois que dissidentes do partido não conseguiram apoio suficiente para forçar o PP a abandonar o grupo de siglas que dão sustentação ao Palácio do Planalto.

Entre os pepistas, partido fartamente representado nas investigações da Operação Lava Jato, 24 deputados e senadores haviam assinado pedido para rompimento com o governo, mas um levantamento preliminar da agremiação chegou ao veredicto de que dos 57 votantes em uma eventual reunião do diretório, mais de 40 deles queriam ficar no governo. Com o panorama amplamente favorável à manutenção da legenda na base governista, a avaliação foi de que não era mais necessário levar o desembarque do governo à votação.

“Se os dissidentes tivessem número para desembarcar, teria a reunião, mas nunca houve maioria. O PP fica na base até o final da votação do impeachment”, disse Ciro Nogueira, ele próprio um dos alvos de inquérito na Lava Jato.

No leilão do espólio do PMDB, que abriu a fila de partidos que decidiram abandonar o governo, o Palácio do Planalto chegou a oferecer ao PP os ministérios da Saúde ou da Educação, mas pressões de peemedebistas que insistem em permanecer no governo levaram à retirada da oferta da Pasta da Saúde. A presença do ministro Marcelo Castro (PMDB) no cargo é avaliada como uma possibilidade de transferência de votos na Câmara contrários ao impeachment da Dilma.

Continua após a publicidade

Entre o PP, a própria direção do partido contabiliza defecções certas nas bancadas do Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Santa Catarina, favoráveis ao desembarque do governo. Com a decisão da presidente de anunciar a nova reforma ministerial somente após a votação do impeachment na Câmara, partidos como o PR e o próprio PP tendem a aumentar o “preço” de seus votos contra a deposição de Dilma. Traições nas siglas também são consideradas prováveis. “Não vou negar que o PP tem uma grande parcela que vota pelo impeachment”, admitiu o presidente do partido.

Nos bastidores, ainda que a efetivação em um grande ministério só seja consolidada depois da votação do impeachment, o PP mantém a articulação para conseguir mais cargos dentro do governo, em especial no segundo e terceiro escalões. No Ministério da Integração, por exemplo, o partido abocanhou postos antes ocupados por indicados do PMDB. “Esses cargos não podem ficar vagos. Não estamos ocupando cargos novos, mas a administração pública não pode ficar acéfala”, disse Ciro Nogueira.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.