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Por Previdência, Bolsonaro acena com R$ 3 bi em emendas a parlamentares

Presidente também pretende reservar sua agenda para receber deputados e senadores às terças, quartas e quintas-feiras no Palácio do Planalto

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 10 abr 2019, 21h49 - Publicado em 10 abr 2019, 21h46

Em mais um esforço para tentar aprovar a reforma da Previdência no Congresso, o presidente Jair Bolsonaro quer apressar a liberação de pelo menos 3 bilhões de reais em emendas parlamentares individuais ainda neste semestre. Assim, ajudaria deputados e senadores, que têm reclamado na necessidade de recursos para tocar obras em suas bases eleitorais. O objetivo é que haja tempo para que os prefeitos aliados toquem as obras e possam inaugurá-las antes das eleições de 2020.

Na busca dos 308 votos mínimos para aprovar o texto na Câmara, Bolsonaro também já avisou que vai reservar grande parte da sua agenda para receber parlamentares às terças, quartas e quintas-feiras, em seu gabinete, no Palácio do Planalto, quando a Câmara e o Senado estão em pleno funcionamento.

Os gestos se somarão à decisão do presidente de ampliar o convite a parlamentares para acompanhá-lo em viagens pelo país afora. Além disso, continuará a abrir espaço para receber os presidentes dos partidos, iniciada na semana passada e intensificada esta semana. Jair Bolsonaro resolveu fazer gestos até mesmo à oposição, à qual já sinalizou que está disposto a conversar.

A negociação de cargos nos estados também está em discussão. Nesta quinta-feira, 11, em outra iniciativa de boa vizinhança, Bolsonaro participará de um almoço no Rio de Janeiro, com chefes dos Poderes e o Conselho de Ministros Evangélicos, a convite do pastor Silas Malafaia.

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O pesselista vai dar carona no avião presidencial não só ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Tofolli, como também ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), além de outros parlamentares também convidados ao almoço no Rio. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), está fora do país. Na sexta-feira, Alcolumbre vai com Bolsonaro ao Amapá, seu estado, para a inauguração do aeroporto de Macapá.

Antes de embarcar para a capital fluminense, o presidente comandará uma cerimônia, no Palácio do Planalto, de balanço dos cem primeiros dias de seu governo. A solenidade será às 8h30 da manhã e cerca de 400 pessoas foram convidadas para o evento. Jair Bolsonaro havia convocado a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) para gravar um pronunciamento em cadeia de rádio e TV falando dos seus primeiros atos. Acabou, no entanto, desistindo da iniciativa, atropelado pela agenda que previa encontro com cinco partidos políticos: PSL, Podemos, Novo, PSC e Avante.

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Na terça, recebeu os presidentes do PR e Solidariedade. Na semana passada já havia recebido também PSDB, DEM, PRB, PP e PSD. Seus auxiliares informaram que “não deu tempo” porque o presidente estava “concentrando todos os esforços” no atendimento aos parlamentares.

Ao assumir o governo, Bolsonaro tinha dito que só negociaria com bancadas e assim o fez nos primeiros momentos. Mas, agora, perto de completar os primeiros cem dias e diante de derrotas e duros embates no Congresso, rendeu-se aos presidentes dos partidos e a alguma das antigas metodologias, tentando dar uma nova roupagem a elas, evitando o toma lá dá cá.

Um dos responsáveis pela articulação no Planalto contabiliza que o presidente tem “possíveis” 360 votos, o que seria uma margem bastante folgada para aprovar o texto na Câmara. A conta vem, por exemplo, da união de votos das bancadas ruralistas, que tem 260 parlamentares e da saúde, que tem 21, entre outras bancadas temáticas.

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Políticos mais experientes, no entanto, avaliam que a matemática não é tão exata quando se trata de votos no Congresso e por isso, esse enorme esforço do presidente para atrair deputados e senadores para a base, seja com distribuição de emendas, convites para viagens e atendimentos em audiências.

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