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Por apoio político, governo anuncia demarcação de terras indígenas

Com a possibilidade de ser afastada do cargo, presidente Dilma Rousseff faz aceno a movimentos sociais para reforçar a resistência a um eventual governo Temer

Por Da Redação
28 abr 2016, 09h54

A presidente Dilma Rousseff fará nesta sexta-feira mais um aceno aos movimentos sociais. Em encontro com lideranças indígenas no Palácio do Planalto, Dilma deverá anunciar a demarcação de várias terras. A ordem explícita dada por Dilma é tirar da gaveta tudo o que for possível e liberar as demarcações.

O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), João Pedro Gonçalves da Costa, disse que corre para destravar até catorze áreas que já estão com seus processos em andamento. Desde o início do mês, o governo deu andamento a mais de trinta processos de liberação de terras, seja para demarcação de áreas requeridas por comunidades tradicionais ou desapropriações para reforma agrária, que há anos aguardavam aval do Planalto.

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No discurso oficial, o governo afirma que decidiu “pagar uma dívida antiga com os povos tradicionais”. Na prática, os índios, quilombolas e movimentos são atendidos em suas demandas para que eles reforcem a sua resistência social a um eventual governo de Michel Temer. A ordem é filtrar tudo o que não esteja pendurado em processos judiciais e, a partir daí, acelerar os processos. A estratégia de obter apoio de todos os movimentos sociais possíveis foi ordenada diretamente por Dilma, segundo o ministro da Justiça, Eugênio Aragão.

Coordenadora da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Sônia Guajajara reconhece que as decisões recentes do governo têm, na realidade, claro interesse político, mas ela não lamenta. “Essa tempestade tem trazido frutos para nós. Então, temos que colhê-los”, declarou. “Ainda que seja tarde, o governo reconheceu que fez aliança com o lado errado.”

Para o ministro da Justiça, a reação do governo nesta fase atual de votação do processo de impeachment pelo Congresso, chega tarde, mas não pode ser desprezada: “Devíamos ter feito mais”.

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(Com Estadão Conteúdo)

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