Polícia chama 22 membros do MPL para depor sobre depredações
Inquérito investiga dois black blocs, que podem responder pelos crimes de dano ao patrimônio e formação de milícia privada
Por Da Redação
23 jun 2014, 14h40
A Polícia chamou vinte e dois membros do Movimento Passe Livre (MPL) para prestar depoimento nesta segunda-feira, na sede do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), em inquérito que investiga a ação de vândalos em manifestações. Dois black blocs são investigados – um sob suspeita de depredar o metrô Carrão no protesto de 12 de junho e outro, de participar da destruição de uma concessionária de veículos na quinta-feira da semana passada.
Se comprovada a participação dos suspeitos nas depredações, os black blocs poderão ser responsabilizados pelos crimes de dano ao patrimônio e constituição de milícia provada – previsto no artigo 288-A do Código Penal, e que estabelece pena de 4 a 8 anos de prisão sem direito a fiança.
Na última quinta-feira, black blocs depredaram agências bancárias e concessionárias de luxo durante manifestação promovida pelo MPL. Oficialmente, o ato tinha como objetivo comemorar um ano de redução das tarifas de ônibus, trens e metrô, de 3,20 reais para 3 reais, após a onda de protestos de junho do ano passado. A PM acompanhou de longe a manifestação e, logo após o ato, o comando da polícia afirmou que tinha feito um acordo com o MPL, no qual eles teriam se comprometido com a segurança do evento.
No sábado, o MPL rebateu as declarações da PM por meio de nota oficial. “Entendemos a revolta da população com a constante repressão da polícia, dentro e fora das manifestações. Entendemos também que as pessoas (sic) tem direito de preservar a sua identidade, utilizando máscaras, para evitar a perseguição por parte do Estado, como vem ocorrendo com todas as pessoas que tem se manifestado. Além disso, sabemos que historicamente os quebra-quebras fizeram parte das lutas populares. Não cabe a nos legitimar ou deslegitimar essas ações, no entanto elas nunca estiveram entre os objetivos do ato do dia 19.”
Em quase toda parte, desinformam-se os leitores, os internautas, os ouvintes e os telespectadores com a cascata inverídica, intelectualmente vigarista, jornalisticamente falsa, politicamente dolosa, segundo a qual os “black blocs” se infiltraram na manifestação ou dela se aproveitaram. É uma mentira escandalosa! Sejam os “black blocs” um grupo, uma tática ou apenas uma prática, o fato é que não existe distinção entre eles e o MPL.
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