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PF não desistiu de exclusividade na segurança de Lula

Policiais citam suspeita de bomba em ministério de Alckmin como arma argumentativa

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 13 ago 2023, 22h01

Embora investigações que mirem o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados sejam em certa medida preocupações mais prementes da Polícia Federal, a cúpula da instituição ainda não desistiu de conseguir a exclusividade na segurança do presidente Lula e, como consequência, desalojar militares que hoje orbitam o aparato de guarda costas do petista. Uma proposta para que a PF tenha o controle absoluto da segurança do atual mandatário, da primeira-dama Janja e do casal Geraldo e Lu Alckmin está nas mãos do Executivo desde que Lula optou, no final de junho, por um modelo híbrido em que o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) também é contemplado. Conforme mostrou VEJA, a solução na época era um aceno de pacificação com os militares, em descrédito após o quebra-quebra do dia 8 de janeiro.

A proposta que a PF considera ideal estabelece que policiais federais façam a segurança do presidente e do vice e ao GSI seja ofertada a guarda de palácios de governo. Este arranjo tem como principal apoiadora a primeira-dama, que se recusa a ser escoltada por militares, mas um recente episódio também passou a ser usado como arma argumentativa para diminuir os poderes do GSI. Há duas semanas, o Ministério do Desenvolvimento, pasta ocupada pelo vice Geraldo Alckmin, foi evacuado após uma ameaça de bomba. Naquele dia 26 de julho, a primeira equipe a ser acionada para verificar o local foi a PF, o que motivou policiais a afirmarem que, em casos sérios, são eles, e não os militares a serem chamados. Ao final, tanto equipes da PF, quanto da Polícia Militar e do próprio Gabinete de Segurança Institucional fizeram uma varredura na área e detectaram que só havia roupas na mala de viagem que supostamente abrigaria a bomba.

Apesar de caber ao GSI há pelo menos 80 anos a segurança dos presidentes da República, a alegada bolsonarização dos militares e a cantilena de parte da caserna de que as eleições de 2022 haviam sido fraudadas foram usadas como argumento do governo Lula para que fosse criada, logo após a posse, uma secretaria específica, com validade inicial de seis meses e subordinada à PF, para cuidar da segurança do mandatário. Às vésperas do fim do prazo de vigência da secretaria e da escolha do modelo híbrido, policiais federais chegaram a ameaçar um protesto caso tivesse de se submeter aos militares. Contam agora que uma canetada final do Palácio do Planalto possa dar fim à contenda.

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