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PF cumpre mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Kassab

Operação decorre de delação da JBS, na qual um empresário afirmou que o político recebia mesada de 350 mil reais

Por Diego Freire
Atualizado em 19 dez 2018, 14h53 - Publicado em 19 dez 2018, 07h35

A Polícia Federal cumpre, na manhã desta quarta-feira, 19, oito mandados de busca e apreensão com o objetivo de investigar o recebimento de vantagens indevidas por parte do ministro de Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab. A ação apura denúncias de que Kassab teria recebido vantagens indevidas entre os anos de 2010 e 2016, incluindo o período no qual foi prefeito de São Paulo.

Aproximadamente 40 policiais federais estão envolvidos na operação, que inclui buscas e apreensões na residência de Gilberto Kassab e outros endereços relacionados no estado de São Paulo e Rio Grande do Norte. De acordo com a TV Globo, a casa do irmão do político, Renato Kassab, também é alvo de investigação. A operação examina os crimes de corrupção passiva e falsidade ideológica eleitoral.

As medidas foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, em decorrência de delação de Wesley Batista e Ricardo Saud, da J&F, que controla o frigorífico JBS. Na petição, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge afirma que os colaboradores informaram ter repassado 58 milhões de reais a Kassab em duas situações distintas. De acordo com a PGR, uma delas ocorreu entre 2010 e 2016, período em que o ministro teria recebido uma mesada da 350.000 reais, totalizando 30 milhões de reais.

Os pagamentos seriam realizados em troca da defesa dos interesses do grupo. Também conforme as investigações, para viabilizar os repasses, os envolvidos celebraram contrato fictício de prestação de serviços com uma empresa do ramo de transportes que mantinha relação comercial com a J&F.

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Na segunda situação descrita pela PGR, de acordo com a delação dos executivos, foram pagos 28 milhões de reais ao PSD, na época presidido por Kassab, em troca de apoio ao PT nas eleições de 2014. Segundo um dos colaboradores, todos os valores repassados eram provenientes de uma espécie de conta-corrente de vantagem indevida vinculada ao PT, que teria autorizado os pagamentos.

Neste caso, o repasse se deu por meio de doações oficiais de campanha e outros artifícios como a quitação de notas fiscais falsas. Também há registro da entrega de dinheiro em espécie. Segundo as denúncias, parte dos recursos também teria sido encaminhada para a campanha de um candidato ao governo do Rio Grande do Norte e a um deputado federal, ambos eleitos naquele estado.

O ministro declarou, por meio de sua assessoria, confiar na Justiça brasileira, no Ministério Público e na imprensa. Disse, ainda, que todos os seus atos seguiram a legislação e foram pautados pelo interesse público. A nota afirma ainda que Kassab sabe que as pessoas que estão na vida pública estão corretamente sujeitas à especial atenção do Judiciário, reforça que está sempre à disposição para quaisquer esclarecimentos que se façam necessários.

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