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PF envia celular de irmã de Aécio aos EUA para acessar dados

Andrea Neves foi presa em maio de 2017, na Operação Patmos

Por Estadão Conteúdo 18 mar 2019, 12h18

Um ano e dez meses após apreender um celular de Andrea Neves, irmã do deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG), a Polícia Federal (PF) ainda não conseguiu acessar os dados do aparelho. Numa última tentativa, o iPhone foi enviado para os Estados Unidos na esperança de que parceiros consigam descobrir a senha capaz de desbloqueá-lo.

Andrea foi presa em maio de 2017, na Operação Patmos, acusada de pedir propina a Joesley Batista, da J&F, no valor de 2 milhões de reais, em benefício de Aécio. Na época da suposta transação, o tucano era senador e presidente nacional do PSDB. Ambos foram denunciados pela 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) em abril de 2017. Atualmente, ela responde o processo em liberdade.

A PF tenta acessar o conteúdo gravado no celular de Andrea desde o dia 18 de maio de 2017, quando apreendeu dois iPhones e um iPad na casa dela, em um condomínio de luxo em Brumadinho (MG). Dos três aparelhos, dois tiveram os dados extraídos, mas um deles segue imune às investidas.

O desbloqueio poderia ajudar na continuidade de investigações sobre os repasses da JBS ao parlamentar e à irmã dele, mas as apurações avançam independentemente disso.

Em um dos relatórios abordando essa dificuldade, um delegado citou o bloqueio com “código de usuário com número de dígitos indeterminado” e informou que os equipamentos disponíveis só conseguem desbloquear iPhones com sistema operacional somente até o iOS 7. O telefone da irmã de Aécio é posterior. O que, escreveu, “impossibilitava, à época dos exames, o acesso ao conteúdo do aparelho sem que haja o fornecimento deste código de usuário”.

Para Evandro Lorens, da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais, não existem celulares blindados. “O que pode tornar o acesso aos dados e a análise mais complexa é uma combinação de fatores, como as configurações de segurança, a complexidade das senhas, entre outros”, disse.

Segundo a reportagem apurou, a irmã de Aécio não irá repassar a senha de acesso do seu celular aos investigadores. O motivo: não é obrigada a produzir provas contra ela mesma e, se a Polícia quiser acessar seus dados, terá de descobrir a senha sozinha. Procurada, a defesa de Andrea disse que não iria comentar o assunto.

A posição de Andrea difere da adotada por seu primo, Frederico Pacheco. Alvo da mesma operação, ele entregou a senha do celular — o que a defesa ressaltou como “postura colaborativa”. O primo foi flagrado por ações controladas da PF recebendo dinheiro em espécie de um representante da J&F. O valor seria para Aécio. O deputado sempre negou a acusação e diz que pegou dinheiro empresado.

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