Petrobras apura interferência de ex-diretores em licitações
Investigações internas da estatal indicam que Renato Duque e Paulo Roberto Costa tomaram decisões que aumentaram os preços de obras da Petrobras
Por Da Redação
13 dez 2014, 21h52
Sétima fase da operação Lava Jato VEJA/VEJA
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1/48 Presos da operação Lava Jato são transferidos da sede da Polícia Federal para o Complexo Médico Penal de Pinhais em Curitiba, PR, na manhã deste sábado (25) (FuturaPress/Folhapress)
2/48 Marcelo Odebrecht é transferido da sede da Polícia Federal para o Complexo Médico Penal de Pinhais em Curitiba, PR, na manhã deste sábado (25) (FuturaPress/Folhapress)
3/48 Marcelo Odebrecht da construtora Odebrecht é encaminhado para o IML de Curitiba (PR), na manhã deste sábado (20) (Rodolfo Burher/Reuters)
4/48 Marcelo Odebrecht da construtora Odebrecht é encaminhado para o IML de Curitiba (PR), na manhã deste sábado (20) (Vagner Rosário/VEJA)
5/48 Marcelo Odebrecht da construtora Odebrecht é encaminhado para o IML de Curitiba (PR), na manhã deste sábado (20) (Rodolfo Burher/Reuters)
6/48 Marcelo Odebrecht da construtora Odebrecht é encaminhado para o IML de Curitiba (PR), na manhã deste sábado (20) (Cassiano Rosário/Futura Press/Folhapress)
7/48 Executivos da construtora Odebrecht são encaminhados para o IML de Curitiba (PR), na manhã deste sábado (20) (Vagner Rosário/VEJA)
8/48 Executivos da construtora Odebrecht são encaminhados para o IML de Curitiba (PR), na manhã deste sábado (20) (Vagner Rosário/VEJA)
9/48 Bernardo Freiburghaus, suposto operador de propinas da Odebrecht, foi incluído na lista da Interpol (Interpol/Divulgação)
10/48 Executivos da construtora Odebrecht são encaminhados para o IML de Curitiba (PR), na manhã deste sábado (20) (Vagner Rosário/VEJA)
11/48 Executivos da construtora Odebrecht são encaminhados para o IML de Curitiba (PR), na manhã deste sábado (20) (Vagner Rosário/VEJA)
12/48 O juiz Sérgio Moro autorizou a transferência do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, do ex-deputados André Vargas (ex-PT), Luiz Argôlo (SD) e Pedro Corrêa (PP) (Vagner Rosário/VEJA)
13/48 O juiz Sérgio Moro autorizou a transferência do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, do ex-deputados André Vargas (ex-PT), Luiz Argôlo (SD) e Pedro Corrêa (PP) (Vagner Rosário/VEJA)
14/48 O juiz Sérgio Moro autorizou a transferência do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, do ex-deputados André Vargas (ex-PT), Luiz Argôlo (SD) e Pedro Corrêa (PP) (Vagner Rosário/VEJA)
15/48 Ex-deputados André Vargas e Luiz Argôlo fazem exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) em Curitiba, PR, neste sábado (Cassiano Rosário/Futura Press/Folhapress)
16/48 Polícia Federal deflagra 11ª Fase da Operação Lava Jato (VEJA.com/Divulgação)
17/48 O procurador Delton Martinazzo Dallagnol durante entrevista coletiva no hotel Mabu, no centro em Curitiba para falar sobre os desdobramentos da Operação Lava Jato (Juca Varella/Folhapress)
18/48 O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e o ministro do STF, Luiz Fux, são homenageados pelo Ministério Público Estadual do Paraná, através de seu procurador-geral, Gilberto Giacoia. Janot não quis comentar a apresentação das denúncias da operação Lava Jato. Fux, ao contrário, comentou sobre a operação que investiga o escândalo dos contratos da Petrobras (Juca Varella/Folhapress)
19/48 Executivos presos na sétima fase da Operação Lava Jato são liberados pela Polícia Federal, na noite desta terça-feira (18/11), na sede da Polícia Federal em Curitiba (Junior Pinheiro/Folhapress)
20/48 Presos na operação Lava Jato deixam a sede da Policia Federal com destino ao IML da cidade de Curitiba para fazer o exame de corpo de delito (Avener Prado/Folhapress)
21/48 Paulo Roberto Costa é visto deixando a sede da Polícia Federal em Curitiba - 13/02/2015 (Vagner Rosario/Futura Press)
22/48 Parentes dos executivos pegam senhas para visitá-los na carceragem (VEJA.com/Reprodução)
23/48 Alberto Youssef é visto deixando a sede da Polícia Federal em Curitiba (PR) - 13/02/2015 (Vagner Rosário/Futura Press)
24/48 Nestor Cerveró é visto deixando a sede da Polícia Federal em Curitiba - 13/02/2015 (Vagner Rosario/Futura Press)
25/48 Advogada traz entrega para executivo preso (VEJA.com/Reprodução)
26/48 Executivos presos na sétima fase da Operação Lava Jato deixam a Polícia Federal em Curitiba (PR), nesta terça-feira, após terem a soltura determinada (Paulo Lisboa/Protegido: Estadão Conteúdo)
27/48 Presos na operação Lava Jato deixam a sede da Policia Federal com destino ao IML da cidade de Curitiba para fazer o exame de corpo de delito (Avener Prado/Folhapress)
28/48 Presos na operação Lava Jato deixam a sede da Policia Federal com destino ao IML da cidade de Curitiba para fazer o exame de corpo de delito (Avener Prado/Folhapress)
29/48 Presos na operação Lava Jato chegam à sede da Policia Federal após a saída para o IML da cidade de Curitiba para fazer o exame de corpo de delito (Avener Prado/Folhapress)
30/48 Pedro Henrique Xavier, representante de Herton Araujo, ex-diretor da Petrobrás, que apontou os nomes de executivos envolvidos no caso Petrobras. Os executivos presos na operação Lava Jato entram com habeas corpus na Justiça Federal, mas seguem presos na sede da Policia Federal em Curitiba - 16/11/2014 (Antônio More/Protegido: Estadão Conteúdo)
31/48 O advogado Alberto Toron, que representa cinco presos na Operação Lava Jato - 16/11/2014 (Antônio More/Protegido: Estadão Conteúdo)
32/48 Polícia Federal de Curitiba, onde estão presos empresários envolvidos na Operação Lava Jato - 15/11/2014 (Rodolfo Buhrer/Folhapress)
33/48 Advogados dos empresários presos na operação Lava Jato chegam com roupas e mantimentos para seus clientes na sede da Policia Federal, em Curitiba/PR - 15/11/2014 (Avener Prado/Folhapress)
34/48 Advogados dos empresários presos na operação Lava Jato chegam com roupas e mantimentos para seus clientes na sede da Policia Federal, em Curitiba/PR - 15/11/2014 (Avener Prado/Folhapress)
35/48 Movimentação em frente à sede da Polícia Federal em Curitiba/PR. Os presos na sétima fase da Operação Lava Jato, deflagrada pela PF, estão a caminho da cidade, onde se concentra toda a investigação - 14/11/2014 (Denis Ferreira/Protegido: Estadão Conteúdo)
36/48 Presos na Operação Lava Jato deixam a Superintendência Regional da Polícia Federal em São Paulo, no bairro da Lapa e partem em direção à Curitiba (Daniel Teixeira/Protegido: Estadão Conteúdo)
37/48 Carro com presos na Operação Lava Jato deixa a Polícia Federal do Rio de Janeiro em direção ao aeroporto Antônio Carlos Jobim, de onde embarcarão para Curitiba - 14/11/2014 (Marcos Arcoverde/Protegido: Estadão Conteúdo)
38/48 O ex-diretor de serviço da Petrobras, Renato Duque, chega a sede da Polícia Federal no Rio - 14/11/2014 (Márcia Foletto/Agência O Globo)
39/48 O ex-diretor de serviço da Petrobras, Renato Duque, chega a sede da Polícia Federal no Rio - 14/11/2014 (Márcia Foletto/Agência O Globo)
40/48 Presidente da construtora UTC, empresário Ricardo Pessoa chega a Superintendência da Polícia Federal no bairro da Lapa, Zona Oeste de São Paulo - 14/11/2014 (Marcos Bezerra/Futura Press/Folhapress)
41/48 Othon Zanoide de Moraes Filho, diretor-geral de desenvolvimento comercial da Vital Engenharia, empresa do Grupo Queiroz Galvão, chega à sede da Polícia Federal no Rio -14/11/2014 (Márcia Foletto/Agência O Globo)
42/48 Movimentação na Superintendência da Polícia Federal no bairro da Lapa, Zona Oeste de São Paulo. A Polícia Federal deflagra a sétima fase da Operação Lava Jato, cumprindo mandados de prisão e busca e apreensão no Paraná, em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, em Pernambuco e no Distrito Federal - 14/11/2014 (Marcos Bezerra/Futura Press)
43/48 Coletiva de imprensa da Polícia Federal com informações sobre a Operação Lava Jato em Curitiba - 14/11/2014 (Rodolfo Buhrer/Fotoarena)
44/48 Agentes da PF e da Receita Federal em frente ao prédio onde fica o escritório da construtora Camargo Correa, na avenida Brigadeiro Faria Lima, em Pinheiros (SP). A Polícia Federal cumpre nesta sexta-feira mandados de prisão e de busca e apreensão durante Operação Lava Jato - 14/11/2014 (Adriano Vizoni/Folhapress)
45/48 Agentes da PF e da Receita Federal em frente ao prédio onde fica o escritório da construtora OAS na região central de São Paulo. A Polícia Federal cumpre nesta sexta-feira mandados de prisão e de busca e apreensão durante Operação Lava Jato - 14/11/2014 (Luiz Carlos Murauskas/Folhapress)
46/48 Agentes da Polícia Federal com documentos apreendidos - A Polícia Federal cumpre nesta sexta-feira mandados de prisão e de busca e apreensão durante Operação Lava Jato - 14/11/2014 (Zanone Fraissat/Folhapress)
47/48 Em Brasília, agentes chegam com material apreendido e um cofre na Superintendência da Polícia Federal - 14/11/2014 (Pedro Ladeira/Folhapress)
48/48 Agentes da PF e da Receita Federal em frente ao prédio onde fica o escritório da construtora Camargo Correa, na avenida Brigadeiro Faria Lima, em Pinheiros (SP). A Polícia Federal cumpre nesta sexta-feira mandados de prisão e de busca e apreensão durante Operação Lava Jato - 14/11/2014 (Nilton Fukuda/Protegido: Estadão Conteúdo)
A Comissão Interna de Apuração da Petrobras apontou indícios de que os ex-diretores Renato Duque e Paulo Roberto Costa interferiram na seleção das empresas que participaram das obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e tomaram decisões que elevaram os gastos da construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Segundo o Jornal Nacional, da Rede Globo, funcionários da estatal ouvidos pela comissão afirmaram que os ex-diretores acompanhavam de perto as licitações. Mais da metade dos contratos da Comperj foram firmados com as empresas investigadas na Operação Lava Jato.
Por enquanto, a comissão avaliou trinta contratos envolvendo a construção do Comperj e colheu o depoimento de 71 pessoas. Segundo o relatório da investigação, a interferência de Duque e Costa ficam evidentes no depoimento do ex-assistente de direção da Petrobras Francisco Pais, no qual ele diz que encaminhou ajustes na lista de empresas a serem convidadas para uma licitação de obra por determinação dos ex-diretores.
Já Paulo Roberto Costa, que foi preso em março, cumpre prisão domiciliar desde outubro como parte do acordo de delação premiada no qual ele contribui com a investigação em troca de uma pena mais branda.
O Jornal Nacional também teve acesso a um e-mail enviado pela ex-gerente executiva da Diretoria de Refino e Abastecimento da Petrobras Venina Velosa da Fonseca, alertando sobre um sobrepreço de 272% em obras da Refinaria Abreu e Lima. O e-mail foi enviado em 2009 ao então assistente de direção Francisco Pais. Nele, a ex-gerente diz que “os desvios são muitos grandes” e que aditivos contratuais feitos a pedido de Costa elevaram o preço da obra da refinaria em 4 bilhões de reais. Segundo reportagem do jornal Valor Econômico, publicada nesta sexta-feira, Venina avisou os diretores da Petrobras tanto da gestão de José Sérgio Gabrielli quanto de Graça Foster sobre as irregularidades em contratos firmados pela estatal com prestadoras de serviço.
‘O primeiro pacote’
ALBERTO YOUSSEF
doleiro e principal operador do petrolão
PAULO ROBERTO COSTA
ex-diretor de Abastecimento da Petrobras
WALDOMIRO DE OLIVEIRA
empregado de Alberto Youssef, dono da MO Consultoria
CARLOS ALBERTO PEREIRA DA COSTA
advogado e gestor das empresas de Youssef, como a GDF Investimentos
JOÃO PROCÓPIO J. P. DE ALMEIDA PRADO
“laranja” de Youssef em contas no exterior
ENIVALDO QUADRADO
empresário dono da Bonus-Banval
ANTÔNIO CARLOS FIORAVANTE B. PIERUCCINI
advogado
MÁRIO LÚCIO DE OLIVEIRA
funcionário de Alberto Youssef
MARCIO ANDRADE BONILHO
executivo da Sanko
ADARICO NEGROMONTE FILHO
irmão do ex-ministro das Cidades
Mário Negromonte (PP)
JAYME ALVES DE OLIVEIRA FILHO
agente da PF que transportava dinheiro do bando
SÉRGIO CUNHA MENDES
vice-presidente da Mendes Júnior
ROGÉRIO CUNHA DE OLIVEIRA
diretor de Óleo e Gás da Mendes Júnior
ÂNGELO ALVES MENDES
vice-presidente da Mendes Júnior
ALBERTO ELÍSIO VILAÇA GOMES
executivo da Mendes Júnior
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JOSÉ HUMBERTO CRUVINEL RESENDE
executivo da Mendes Júnior
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RICARDO RIBEIRO PESSOA
presidente da UTC
JOÃO DE TEIVE E ARGÔLO
executivo da UTC
SANDRA RAPHAEL GUIMARÃES
executiva da UTC
DALTON DOS SANTOS AVANCINI
presidente da Camargo e Corrêa
JOÃO RICARDO AULER
presidente do Conselho de Administração da Camargo e Corrêa
EDUARDO HERMELINO LEITE, “LEITOSO”
vice-presidente da Camargo e Corrêa
JOSÉ ALDEMÁRIO PINHEIRO FILHO,
vulgo “LÉO PINHEIRO”
presidente da OAS
AGENOR FRANKLIN MAGALHÃES MEDEIROS
diretor-presidente Internacional da OAS
MATEUS COUTINHO DE SÁ OLIVEIRA
diretor-financeiro da OAS Petróleo e Gás
JOSÉ RICARDO NOGUEIRA BREGHIROLLI
executivo da OAS
FERNANDO AUGUSTO STREMEL ANDRADE
executivo da OAS
JOÃO ALBERTO LAZZARI
executivo da OAS
DARIO DE QUEIROZ GALVÃO FILHO
presidente e dono da Galvão Engenharia
EDUARDO DE QUEIROZ GALVÃO
diretor da Galvão Engenharia
JEAN ALBERTO LÜSCHER CASTRO
diretor presidente da Galvão Engenharia
ERTON MEDEIROS FONSECA
diretor presidente da Divisão de Engenharia Industrial da Galvão Engenharia
GERSON DE MELLO ALMADA
executivo da Engevix
CARLOS EDUARDO STRAUCH ALBERO
diretor técnico da Engevix em Osasco (SP)
NEWTON PRADO JUNIOR
diretor técnico da Engevix em Santos (SP)
LUIZ ROBERTO PEREIRA
executivo da Engevix
1/7 <p></p> (Ueslei Marcelino/Reuters)
2/7 <p></p> (BG PRESS/VEJA)
3/7 <p></p> (Ana Araújo/VEJA)
4/7 <p></p> (Marcos de Paula/Protegido: Estadão Conteúdo)