Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Pelo Twitter, Henrique Meirelles e MDB anunciam filiação

Não há, entretanto, garantia de que ministro da Fazenda irá encabeçar a chapa do partido nas eleições, uma vez que Temer também pretende se candidatar

Por Da Redação Atualizado em 27 mar 2018, 20h24 - Publicado em 27 mar 2018, 20h12

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, se filiará ao MDB na próxima terça-feira em cerimônia na sede do partido em Brasília. A informação foi anunciada pelo ministro e pela sigla em suas contas no Twitter.

“Confirmado!!! O presidente Michel Temer e Romero Jucá assinarão a filiação do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles ao MDB na terça, dia 3, na sede do partido”, escreveu o partido em seu perfil na rede social. Líder do governo no Senado, Jucá é presidente nacional do MDB.

“Tomei a decisão de me filiar ao MDB. É nosso desafio aprofundar as mudanças que tiraram o Brasil da pior crise de nossa história. Na próxima semana tomarei a decisão se irei ou não me candidatar nas eleições de outubro. Enquanto isso, sigo focado no Ministério da Fazenda. Continuarei comprometido a trabalhar pelo Brasil”, escreveu na rede de microblog.

Como previsto, ele disse que só vai decidir se deixará o cargo para disputar a eleição na próxima semana. Nos bastidores, contudo, Meirelles já indicou o nome do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Eduardo Guardia, como seu substituto. Mais cedo nesta terça, Meirelles havia dito que espera decidir se deixará o ministério para concorrer nas eleições deste ano até o próximo dia 3, repetindo que analisará uma série de dados e contexto político para tomar uma posição.

Continua após a publicidade

Na véspera, o governo bateu cabeça sobre o futuro político de Meirelles. Depois de Temer confirmar que o ministro iria se filiar ao MDB e deixar a Fazenda nos próximos dias, o Palácio do Planalto mudou o discurso e o próprio presidente voltou atrás, confirmando apenas que existiam “conversas” sobre o assunto.

Meirelles tem dito há meses que estuda a possibilidade de disputar a Presidência da República na eleição de outubro e vinha negociando a filiação ao MDB desde que ficou claro que seu partido, o PSD, lhe negaria a legenda para ser candidato ao Palácio do Planalto.

O ministro da Fazenda ainda não havia tomado a decisão de se filiar ao MDB por não ter a garantia de que poderia ser o candidato do partido à Presidência. Essa garantia Meirelles ainda não tem, uma vez que Temer já deixou claro que poderá ser ele mesmo o candidato da legenda. Mas os dois já teriam discutido a possibilidade de Meirelles compor uma chapa com o presidente.

A costura do acordo para a sua ida para partido foi confirmada ontem pelo presidente Michel Temer. “Já era a intenção dele. Acertamos nesses últimos dias”, afirmou o presidente. A ideia é que o ministro fique como “plano B”, caso Temer não consiga viabilizar sua candidatura e desista de entrar no páreo. Se Temer não recuar, o MDB quer que Meirelles seja candidato a vice-presidente na chapa do emedebista.

A declaração de Temer precipitou a movimentação em torno da sucessão no Ministério da Fazenda. Embora Eduardo Guardia, indicado por Meirelles, enfrente resistências dentro do MDB, a expectativa é que o presidente Michel Temer aceite a sugestão. O presidente foi alertado de que há risco elevado de outros integrantes do chamado “dream team” deixarem a equipe econômica, caso o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, seja indicado para o cargo.

Na manhã desta terça-feira, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou que o governo tentará manter a atual equipe da pasta. “Teremos que manter o rumo e, na medida do possível, preservar as pessoas que fazem com que esse rumo seja mantido”, disse.

Retorno

Ao decidir pelo MDB, Meirelles volta ao partido ao qual se filiou no final do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, quando presidia o Banco Central.

Em 2002, Meirelles havia sido eleito deputado federal em Goiás pelo PSDB, mas deixou o partido para fazer parte do governo petista, seduzido pelo desafio de assumir o BC num momento em que os mercados financeiros reagiam muito mal ao fato de Lula ter vencido as eleições. Em 2009, de olho nas eleições do ano seguinte, se filiou ao então PMDB.

O ministro da Fazenda passou muitos anos no mundo corporativo, entrando na década de 1970 no BankBoston, onde construiu uma carreira bem-sucedida nos Estados Unidos. Só no início dos anos 2000 decidiu entrar na vida política de fato.

Continua após a publicidade

(com Reuters e Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.